Fiódor Dostoiévski| O apartamento onde viveu
Sala de jantar de Dostoiévski no seu Apartamento-Museu em São Petersburgo
Imagem www.saint-petersburg.com
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Sala de jantar de Dostoiévski no seu Apartamento-Museu em São Petersburgo
Imagem www.saint-petersburg.com
O pai de Dostoiévski, um cirurgião militar reformado, serviu como médico no Hospital Mariinsky para os pobres em Moscovo, onde tratou casos por caridade, enquanto dava consultas particulares. Apesar de ter sido um pai dedicado, era um homem severo, desconfiado e rígido. Pelo contrário, a sua mãe, uma mulher culta de uma família de comerciantes, era gentil e indulgente. O apego de Dostoiévski à religião, ao longo da sua vida, começou pela antiga devoção da sua família, tão diferente do cepticismo em voga da nobreza.
Em 1828, o pai de Dostoiévski conseguiu ganhar o título de nobre (as reformas de Pedro I, o Grande, tinham permitido a mudança de status). Comprou uma propriedade em 1831 e o então jovem Fiódor passou os meses de Verão no campo.
Até 1833 Dostoiévski foi educado em casa, antes de ser enviado para uma escola pública e, mais tarde, para um colégio interno.
A mãe de Dostoiévski morreu em 1837.
Quarenta anos após a morte do pai foi revelado a Dostoiévski que ele teria morrido subitamente em 1839, tendo sido provavelmente assassinado pelos seus próprios servos. No entanto, esse evento é agora considerado, por muitos estudiosos, um mito.
Traduzido do inglês www.britannica.com
Ao contrário de muitos outros escritores russos da primeira parte do século XIX, Dostoiévski não nasceu na aristocracia rural. Ele sempre salientou a diferença entre os seus próprios antecedentes e os de Leo Tolstoy ou Ivan Turgenev e o efeito dessa diferença na sua obra.
Primeiro, Dostoiévski estava sempre a precisar de dinheiro e tinha que apressar as suas obras para publicação. Apesar de se ter queixado que escrever mediante um prazo o impedira de atingir os seus plenos poderes literários, é também possível que o seu estilo frenético de escrita tenha impresso aos seus romances uma energia que faz parte do seu apelo.
Segundo, Dostoiévski muitas vezes indicou que, ao contrário dos escritores da nobreza, que descreveram a vida familiar da sua própria classe social, moldada por "formas belas" e tradições estáveis, ele explorou as vidas de "famílias acidentais" e dos "insultados e humilhados".
Traduzido do inglês www.britannica.com
Retrato de Dostoiévski no seu Apartamento-Museu em São Petersburgo
Imagem www.saint-petersburg.com
Ao ler Juan Ramón e Gogol senti um certo saudosismo por Dostoiévski.
Sei que quando o acabar de ler, ele me terá lido, e sentirei falta desta dualidade entre escritor e leitor.
Gogol escreve maravilhosamente, muito melhor que Dostoiévski na minha opinião, mas este último provoca-me impressões tais, com as suas personagens, que me impelem vontades de as desenhar, pintar, fotografar.
Os Demónios encontra-se entre os melhores, senão entre os mais complexos, livros alguma vez escritos por Dostoiévski. Tem uma miscelânea profundamente política da Rússia, em fusão com puro realismo, expondo o niilismo, retratando o existencialismo, para além de atrocidades tenebrosas.
Tal como nos outros romances de Dostoiévski, Os Demónios procuram explorar o existencialismo, a condição humana, a razão de vivermos e os ideiais que nos guiam. Além disso, ele traz o conceito de retribuição que perturba a consciência humana, após cometer-se uma má acção.
O autor analisa o eu e se temos uma ideia primordial para a nossa existência.
Traduzido do inglês de thesadartistandotherfairytales.net
Porque ler um livro e mandar encaderná-lo são dois períodos bem distintos do desenvolvimento intelectual. Primeiro começa-se por ler, a pouco e pouco, mas maltratando o livro, atirando-o fora depois como coisa pouco séria. A encadernação significa já progresso, espécie de estima pelo livro; prova que não só se gosta de ler como se reconheceu no livro um carácter sério.
Fiódor Dostoiévski-Os Demónios
O medo é a maldição dos homens.
Fiódor Dostoiévski-Os Demónios
O menino é toda a gente,
o menino sou eu menino,
o menino sou eu velho,
menino achado e perdido.
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Minha viagem
é para o homem continuado, que me espera
num porto de chegada permanente.
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Com teus olhos deténs o sol
e páras a brisa.
(...)
Em minha boca tua sede aguarda-te,
na sede que é minha.
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Para onde vão as formas, as cores
das súbitas coroas das ideias
quando o seu deus as quebra?
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Que solidão, que ermo?
Não és tu água, não sou eu vento?
Que escuridão, que vazio?
Não sou eu raio, não és tu lírio?
Que vazio este, que ilha?
Não és tu alma, não sou eu vida?
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Estou a viver. Meu sangue
está a queimar beleza.
A viver. Meu duplo sangue
está a esvair-se em amor.
Estou a viver. Meu sangue
está a fundir consciência.
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Dois todos, se é algo isto;
dois nadas, se tudo é nada...
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Criar-me, recriar-me, esvaziar-me, até
que o que de mim um dia, morto, vá
para a terra, não seja eu.
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Largo do Intendente Pina Manique, 16-19, Lisboa
Que acontece a uma música,
quando deixa de soar;
e a uma brisa que deixa
de voar,
e a uma luz que se apaga?
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Meu sentimento era
ausente do instante, e assustado
como um pequeno pássaro
que tremesse, a sonhar, nos hirtos ramos
da tarde gélida.
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Dir-se-ia
que é a terra o caminho do corpo,
que o mar é o caminho
da alma.
Juan Ramón Jiménez-Antologia Poética
Imagem www.pinterest.com
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.