Para ter uma vida
Eu inventava para mim aventuras e fantasiava a minha vida para quê?
Para ter uma vida.
Fiódor Dostoiévski-Cadernos do Subterrâneo
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Eu inventava para mim aventuras e fantasiava a minha vida para quê?
Para ter uma vida.
Fiódor Dostoiévski-Cadernos do Subterrâneo
A natureza não nos pede a opinião; está-se nas tintas para o que queremos, e que estejamos ou não de acordo com as suas leis.
Fiódor Dostoiévski-Cadernos do Subterrâneo
Um homem inteligente não pode tornar-se nada, só os parvos se tornam qualquer coisa.
Fiódor Dostoiévski-Cadernos do Subterrâneo
Gogol
Gosto (muito) da sua escrita, principalmente das descrições precisas, sem se alongar demasiado em detalhes.
Não aprofunda a parte emocional e psicológica das personagens. São personagens sem alma.
Dostoiévski
Adoro as suas personagens de carne e osso, com lágrimas e sentires.
Adoro a sua narrativa e as peripécias que vai criando, dando cor e vida aos acontecimentos.
Não gosto da ausência de detalhes nas suas descrições.
Tenho que abandonar o meu palavreado literário e apenas confessar: o que eu me ri com isto!
Sim, rir, rir mesmo a sério! Não apenas risadas mentais, mas também risadas com todos os dentes que tenho na boca.
Koraliov perde o seu nariz e durante toda a história procura-o, perseguindo-o quando este lhe escapa. O nariz anda por toda a cidade de carruagem, vestido como um oficial do governo. Aliás, o nariz consegue fazer mais num dia, do que o próprio conseguiu durante uma vida inteira.
Meu Deus, meu Deus! Por que me acontece esta desgraça, que pecado cometi? Antes não ter um braço ou uma perna; antes não ter orelhas, o que é mau, mas suporta-se; mas um homem sem nariz, que diabo é? Nem é pássaro, nem é cidadão.
Nikolai Gogol-O Nariz
Gogol levou dois anos para escrever as quase 13.000 palavras que compõem O Capote. A história de um oficial de baixa posição que ganha e perde um casaco refinado foi publicado num volume de Obras Completas de Gogol em 1842. Por esta altura, Gogol já se encontrava estabelecido na cena literária russa. Era amigo íntimo de pessoas como Pushkin e o famoso crítico literário Vissarion Belinsky, então quando a sua colecção foi publicada, O Capote e as outras histórias foram bem recebidas por um vasto público.
Mas O Capote ganhou vida própria. Belinsky - um dos mais influentes críticos literários russos daquele tempo - elogiou-o por inovar num novo tipo de literatura naturalista, que era diferente da literatura romântica e retórica que dominava a Rússia naquela altura.
Uma vaga de autores absorveram o estilo de Gogol, anunciando o início de um novo movimento literário, um que seria eventualmente aprovado pelo governo soviético, que não era o mais fácil de impressionar. Esta pequena história tornou-se tão influente que o grande Fiódor Dostoiévski disse: "Todos nós saímos do capote de Gogol".
Traduzido do inglês de www.shmoop.com
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