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Durante os anos em que estudei literatura portuguesa, não tive oportunidade de ler literatura estrangeira.
Especialmente os clássicos.
Ler os clássicos implica disponibilidade mental e silêncio, porque tudo o que escrevem, linha a linha, página a página, importa.
É de tal modo importante o que escrevem, que não devemos permitir que a sua leitura seja feita de forma leve ou fútil.
A leitura de um clássico deve ser sentida e enamorada.
Deve ser de tal modo saboreada que, quando enclausurarmos a última página sob a contracapa, o sentimento a pairar sobre nós seja a saudade.
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Pushkin, para desenvolver o seu preceito fundamental de «escrever simples, lacónica e claramente», pegou na língua russa popular e, pela primeira vez, verteu-a para uma linguagem fluida, leve, flexível, com a capacidade de «falar» um russo literário despojado dos barbarismos franceses, sem efeitos exteriores e com grande carga poética interior. Assim, Pushkin criou os protótipos literários que inspiraram os futuros mestres da prosa russa.
Introdução de Filipe Guerra no livro Contos de Aleksandr Pushkin
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