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Livrologia

Livrologia

04
Jul16

Selma Lagerlöf| Num minuto 00:01

Selma Ottiliana Lovisa Lagerlöf, a primeira mulher a ganhar um Prémio Nobel, foi educada pela família em casa, ouviu a sua avó contar histórias fantásticas e lendas relacionadas com o passado da sua terra natal que, de certa forma, influenciaram a sua escrita.

Aliás, a sua obra inspira-se directamente nos temas das sagas e contos do seu país: a Suécia.

Adaptado de www.infopedia.pt
04
Jul16

Rudyard Kipling| Na Muralha da Cidade

Dos três contos este foi o meu preferido, sobretudo pelas personagens que vivem à margem da sociedade.

Do Portão das Cem Mágoas conseguimos vislumbrar [N]A Muralha da Cidade, em que dois contos se enovelam numa baforada de ópio, não sabendo já onde começa um e acaba o outro:

(...) ela é extraordinariamente bela. Tem os olhos pretos, o cabelo preto e as sobrancelhas pretas como sanguessugas; a boca é pequena e diz coisas espirituosas; as mãos são pequenas e pouparam muito dinheiro; os pés são pequenos e espezinharam o coração desprotegido de muitos homens. Mas como Wali Dad canta: "A Lalun é a Lalun e, quem diz isto, chegou apenas às portas do entendimento."

Conto inserido no livro Três Contos da Índia de Rudyard Kipling

04
Jul16

Rudyard Kipling| O Portão das Cem Mágoas

Ler Kipling é desbravar paisagens exóticas e coloridas.

Sempre que o leio viajo pela cor, pelo burburinho, pelos aromas, pelas vozes e olhares de uma Índia que muito poucos conheceram.

O que mais me tem deliciado em Kipling têm sido títulos como este, que numa queda de palavras nos fazem sonhar com mil e uma noites de lua cheia.

De qualquer modo, estamos todos velhos. Temos centenas e centenas de anos. No Portão, é difícil ter a noção do tempo e, além do mais, o tempo para mim não conta.

Conto inserido no livro Três Contos da Índia de Rudyard Kipling

04
Jul16

Aleksandr Pushkin| O Cavaleiro de Bronze e Outros Poemas

Para além dos outros poemas que constam deste livro, O Cavaleiro de Bronze atravessa-nos com a sua lança de palavras poéticas, mas também acutilantes. De todos, foi o que mais me impressionou com a sua leveza e movimento, palavras ao sabor da ventania que nos caem e se estilhaçam em tormentos de realidade nua e crua.

O Cavaleiro de Bronze é sem dúvida uma das peças poéticas que melhor ilustram as meditações de Pushkin sobre a ordem e o caos, a história e a arte, sobre o preço humano das grandes mutações históricas. Desdobra, no movimento alucinante típico do poeta, o confronto dramatizado - mais estético do que político - entre a ordem e a desordem, o duelo desigual entre o homem vulgar e modesto e o grande potentado demiúrgico.

Introdução de Nina e Filipe Gerra, n'O Cavaleiro de Bronze e Outros Poemas de Aleksandr Pushkin

04
Jul16

Aleksandr Pushkin| O Cavaleiro de Bronze

Evguéni

Dos seus bens não quer saber. Cedo

Se torna alheio ao mundo. Vagueia

A pé todo o dia, à noite dorme

No cais. Do bocado se alimenta

Que lhe estendem do postigo.

Rasga-se-lhe a roupa gasta

E apodrece. Cruéis petizes

Apedrejam-no pelas costas.

O cocheiro bruto às vezes

Fustiga-o com o chicote

Porque Evguéni anda sem rumo,

Pasmado e ensurdecido

Pelo barulho aflito

Da ânsia que traz lá dentro.

Assim ele arrastava a vida,

Mísero, nem bicho nem homem,

Nem isto nem aquilo, nem vivo

Nem assombração...

Excerto do poema O Cavaleiro de Bronze de Aleksandr Pushkin

O Cavaleiro de Bronze e Outros Poemas de Aleksandr Pushkin

04
Jul16

Aleksandr Pushkin| Num minuto 00:08

O que faz, entretanto, de Pushkin um caso único das letras russas é que foi ele o primeiro a desenvolver uma linguagem poética extraordinariamente fluida, leve e flexível, a capacidade de «falar» um russo literário sem qualquer constrangimento sobre qualquer assunto e utilizar - com rigor - qualquer forma ou género poético, e virtuosamente.

Introdução de Nina e Filipe Gerra, n'O Cavaleiro de Bronze e Outros Poemas de Aleksandr Pushkin

04
Jul16

Aleksandr Pushkin| Sejas qual fores, ó meu leitor

Sejas qual fores, ó meu leitor,

Amigo, inimigo, é mister

Amigavelmente dizer

Enfim adeus. Seja o que for

Que buscaste em minhas estrofes

Descuidadas - recordações,

Pausa em teus trabalhos, sinais

De cenas vivas, finos motes,

Ou os erros gramaticais -,

Prouvera que tu, neste livro,

Para um sonho, um divertimento,

Para o coração, desatinos,

Achasses nem que só um fragmento,

E adeus! aqui nos despedimos.

O Cavaleiro de Bronze e Outros Poemas de Aleksandr Pushkin

04
Jul16

Aleksandr Pushkin| Num minuto 00:07

A grandeza de Pushkin não se encontra só nas suas obras, mas também na sua personalidade e na sua vida. O que distingue o génio da literatura russa é a liberdade interior, a serenidade, a bondade e a nobreza, bem como o seu amor pela Pátria. O destino encarregou-se de conferir à sua biografia as características duma narrativa romântica fascinante.

www.bnportugal.pt

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