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Livrologia

Livrologia

28
Ago16

Vladímir Maiakovski| Saiu com estrondo do mundo

Cento e cinquenta mil pessoas passaram à frente do seu caixão nos 3 dias em que ele ficou exposto.

A União Soviética chorava a morte precoce de um dos seus maiores poetas. A sua vida e obra per­ma­necem um emblema deste que foi um dos mais impor­tan­tes acon­te­ci­men­tos his­tó­ri­cos do século 20: a Revolução Russa.

Maiakovski, que sem­pre teve uma ban­deira de luta has­te­ada no seu cora­ção incen­di­ado, saiu com estrondo do mundo para entrar, tam­bém estron­do­sa­mente, na História.

Como um dos mais autênticos e vigorosos poetas da Revolução.

In acasadevidro.com

28
Ago16

Vladímir Maiakovski| As últimas palavras

A todos
De minha morte não acusem ninguém, por favor, não criem mexericos. O defunto odiava isso.
Mãe, irmãs e companheiros, desculpem-me, este não é o melhor método (não recomendo a ninguém), mas não tenho saída.
Lília, ame-me.
Ao governo: a minha família são Lília Brik, a minha mãe, as minhas irmãs e Verónica Vitoldovna Polonskaia.
Caso torne a vida delas suportável, obrigado.
Os poemas inacabados entreguem aos Brik, eles saberão o que fazer.
Como dizem:
caso encerrado,
O barco do amor
espatifou-se na rotina.
Acertei as contas com a vida
inútil a lista
de dores,
desgraças
e mágoas mútuas.´
Felicidade para quem fica.
Bilhete escrito por Vladímir Maiakóvski antes de pôr termo à vida no dia 14 de abril de 1930
In acervo.revistabula.com
28
Ago16

Vladímir Maiakovski| Estaline trans­for­mou-o no po­e­ta da re­vo­lu­ção

Pro­va­vel­men­te, ao sen­tir que a Re­vo­lu­ção não era o pa­ra­í­so li­ber­tá­rio que ima­gi­na­ra e que era in­fe­liz no amor, roí­do pe­la de­pres­são, Mai­akovski op­tou por ma­tar-se.

Ti­nha uma cer­ta con­sci­ên­cia de que o fu­tu­ro o aguar­da­va... pa­ra en­ten­dê-lo.

Mas, de­pois da sua mor­te, quan­do já não in­co­mo­da­va, Estaline trans­for­mou-o no po­e­ta da re­vo­lu­ção e, nu­ma car­ta a Ie­jov, es­cre­veu:

Pe­ço que dê aten­ção à car­ta de Lí­lia Brik. Mai­akovski foi e con­ti­nua a ser o me­lhor e mais ta­len­to­so po­e­ta da épo­ca so­vi­é­ti­ca. A in­di­fe­ren­ça para com a sua obra é um cri­me.

 In acervo.revistabula.com

28
Ago16

Vladímir Maiakovski| O se­gre­do per­ma­ne­ce em segredo

Porque é que Mai­akovski se ma­tou, com um ti­ro no pei­to, se antes tinha con­de­na­do o su­i­cí­dio do poeta Sier­guéi Ies­siê­nin, em 1925?

Mikhai­lov es­cre­ve, com per­ti­nên­cia:

A pes­soa que dei­xa vo­lun­ta­ria­men­te a vi­da le­va con­si­go o mis­té­rio da sua de­ci­são. Ne­nhu­ma ex­pli­ca­ção (in­clu­si­vé as de Mai­akovski) pe­ne­tra na es­sên­cia re­al da ati­tu­de to­ma­da. Elas apenas en­tre­a­brem a cor­ti­na so­bre o se­gre­do, mas o pró­prio se­gre­do per­ma­ne­ce es­con­di­do atrás do fi­nal tris­te da vi­da. (...) En­con­tra­mos os mo­ti­vos, mas o se­gre­do per­ma­ne­ce em segredo.

In acervo.revistabula.com

28
Ago16

Vladímir Maiakovski| Uma cruel encruzilhada

Nos seus últimos anos de vida, Maiakovski parece ter chegado a uma cruel encruzilhada – ele que sempre as enfrentou de peito aberto e com palavras em punho.

Este poeta de cora­ção ardente e impa­ci­ente não pode­ria durar muito:

“Não tenho nenhum fio gri­sa­lho na minha alma!”, escre­veu.

Quando deu um tiro no peito, em 1930, pôs um san­grento ponto final num des­tino trá­gico e fas­ci­nante.

In acervo.revistabula.com

28
Ago16

Vladímir Maiakovski| Trazer a poesia para a rua

Os poemas de Maiakovski destinavam-se a ser declamados.

Para a Rússia, onde a poesia se mantinha ainda na torre de marfim dos simbolistas, Maiakovski teve o grande mérito de trazer a poesia para a rua, criando um dialecto poético com a linguagem coloquial, as tradições populares e a fraseologia política.

O tema básico da poesia de Maiakovski é o Homem e o Mundo.

In Notas Biográficas de Poetas Russos, antologia de Manuel Seabra

28
Ago16

Vladímir Maiakovski| Verónica Polonskaia, a última paixão

Mai­akovski nu­triu uma grande pai­xão por du­as mu­lhe­res ca­sa­das — Lí­lia Brik e, nos úl­ti­mos anos, Ve­ró­ni­ca Vi­tol­dov­na Po­lonskaia, No­ra.

Quis ca­sar-se com No­ra, che­gou a pro­cu­rar um apar­ta­men­to, mas a sua de­pres­são e a sua vi­o­lên­cia as­sus­ta­do­ra, num gi­gan­te co­mo ele, in­co­mo­da­vam a atriz, que o ama­va.

In acervo.revistabula.com

Veronika_Polonskaya.jpgVe­ró­ni­ca Vi­tol­dov­na Po­lonskaia

Imagem ru.wikipedia.org 

28
Ago16

Vladímir Maiakovski| Lília Brik, o amor da sua vida

As pai­xões que Maiakovski viveu, quase todas não cor­res­pon­di­das, pare­cem nunca ter con­se­guido saciar o seu cora­ção faminto.

Numa carta a Lília Brik, o amor da sua vida, escre­veu:

O amor é vida.

O amor é o cora­ção de tudo.

Se ele inter­rom­per o seu tra­ba­lho, tudo o resto morre, faz-se exces­sivo, des­ne­ces­sá­rio. (…)

Sem ti não há vida.

In acasadevidro.com

lilia.jpgImagem en.wikipedia.org

28
Ago16

Vladímir Maiakovski| Uma con­tra­di­ção cruel entre a uto­pia e a decep­ção

Den­tro da alma de Maiakovski desenhou-se uma con­tra­di­ção cruel entre a uto­pia e a decep­ção.

De um lado, uma vida inteira dedi­cada à Revolução, à gló­ria de Lenine e à cons­tru­ção do soci­a­lismo.

Do outro, o aparecimento do espec­tro do esta­li­nismo, que tra­zia a dita­dura, a buro­cra­cia e o eclipse do sonho.

Dividido entre os ver­sos de lou­vor às con­quis­tas revo­lu­ci­o­ná­rias e as sáti­ras ácidas con­tra as ano­ma­lias do novo poder, Maiakovski viu-se ras­gado entre o entu­si­asmo da entrega total a uma uto­pia e a tra­gé­dia da perda do ideal.

In acasadevidro.com

28
Ago16

Vladímir Maiakovski| Eu amo-vos, mas vivos

Apesar das ideias des­tru­ti­vas relativamente à herança cul­tu­ral, Maiakovski era um grande conhe­ce­dor da lite­ra­tura clás­sica.

“Ele ouvia a voz viva dos clás­si­cos, mas negava as impo­si­ções dos seus câno­nes para a arte do seu tempo”, sugere Mikhailov.

Ou, como o pró­prio Maia dizia: “Eu amo-vos, mas vivos, não como múmias.”

In acasadevidro.com

28
Ago16

Vladímir Maiakovski| A cul­tura russa em ebulição

Liderando a van­guarda futu­rista, Maiakovski e os seus com­pa­nhei­ros colo­ca­ram em ebu­li­ção a cul­tura russa.

O escân­dalo foi enorme.

Foram acu­sa­dos de terem uma rela­ção nii­lista com a cul­tura clás­sica, de não pos­suí­rem uma base teó­rica sólida ou de serem meros arru­a­cei­ros.

O mani­festo futu­rista era mesmo extre­mista e man­dava “ati­rar fora Pushkin, Dostoiévski e Tolstoi do Navio da Modernidade!”

Burliuk, um dos líde­res do movi­mento jus­ti­fi­cava-se, dizendo: “Não dese­ja­mos virar para trás as nos­sas cabe­ças, que­brar as nos­sas vér­te­bras cer­vi­cais para olhar para a poe­sia com a naf­ta­lina dos perversos!”

In acasadevidro.com

Maiakovski.gifImagem clubedeleituraicarai.blogspot.com

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