Tens de ler os russos ||2||
Nunca soubera quem eram, afinal, os russos.
Com certeza, haveria uma lista interminável, cronológica, de escritores, poetas e dramaturgos, à qual eu deveria ter acesso imediato.
E essa lista?
Onde estaria ela afixada?
Às portas de uma qualquer biblioteca, em papel amarelecido pelo vento e pela chuva, qual Outono literário à espera do esquecimento de Inverno?
Em vão procurei até que um dia me foi entregue.
Num daqueles dias pelos quais esperámos toda uma vida.
Daqueles dias conspirados pelo Destino e pelo Universo.
Apesar de tudo, tenho de agradecer profundamente às mãos que me entregaram esse pequeno grande tesouro que é a lista de Harold Bloom.
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