Passei pela livraria, desta vez foi só uma, e não trouxe um livro sequer, nem um.
Talvez me tenha acertado bem na fronte tudo o que tenho que ler esta semana, e nem tudo por prazer, embora eu bem saiba que o que começa como desprazer acaba em obsessão, talvez me tenha apercebido daquilo que é óbvio para mim todos os dias, exceto quando vou às livrarias, que nem chegando a tri ou tetra centenário conseguirei degustar estas páginas todas, ou talvez não tenha descoberto desta vez um livro que encaixe no meu desejo de descobrir.
Há razões absurdas para negarem o prémio [Nobel] a certos escritores. Tólstoi, por exemplo. Tiveram dez anos, até à sua morte, para lho darem. Razão essa que foi explicada pelas normas deixadas pelo Sr. Nobel. Que o prémio teria que ser atribuído a quem tomasse a Literatura numa direcção ideal ou idealista. Se pensarmos bem, as suas obras e especialmente os seus ensaios são bastante mais idealistas e continham um efeito muito mais positivo do que qualquer outro escritor do século XX. Que o prémio tenha sido atribuído em 1907 a quem escreveu "The White Man's Burden", ao invés de quem influenciou Ghandi na sua conquista de não-violência, é no minímo irónico..