Sempre que leio Selma Lagerlöf sinto-me entrar num país de maravilhas, onde encontro a criança que fui e a adulta que sou.
O Imperador de Portugal leva-nos numa viagem, onde algures, em plena floresta encantada de palavras, encontramos o desencanto.
Um desencanto trágico, que não consegue sobreviver na sua realidade nua e cinzenta, fazendo-se transportar para um mundo fantástico, louco e colorido, preenchendo os espaços vazios do coração, com a sua própria imaginação.
Talvez ela tivesse ido sentar-se nalgum recanto isolado do bosque, para aliviar o coração, chorando sozinha. Não gostava que ninguém a visse quando tinha algum desgosto.