A família de Dante manteve-se envolvida politicamente e a sua vida foi moldada pelo longo conflito entre os guelfos e os gibelinos.
Em pleno século XIII, os senhores feudais florentinos travaram uma longa luta entre si: de um lado estavam os nobres gibelinos que eram partidários do imperador e da aristocracia, e do outro os guelfos plebeus que representavam o partido apoiante do Papa, do nacionalismo italiano e da democracia.
Os antagonismos tornaram-se brutais e mortais, com cada um dos lados a ganhar alternativamente e a inflingir penas terríveis e exílio aos vencidos.
Dante foi completamente apaixonado por Florença durante toda a sua vida.
A cidade que o viu nascer é de origem etrusca, transformada mais tarde numa colónia romana. Aliás, Dante na sua A Divina Comédia [Inferno XV, 76], diz que a sua família tem raízes na Roma Antiga.
A cidade foi doada à Santa Sé pela condessa Matilde no século XII.
Graças à sua prosperidade comercial e económica a cidade enriqueceu e formou uma rica e próspera burguesia que comandava os destinos daquela que se tornaria uma das mais importantes repúblicas italianas.