Que súbito medo desconcerta
Então voltei-me como um homem impaciente
de ver o perigo a que convém fugir,
e que súbito medo desconcerta (...)
Dante-Divina Comédia
O Inferno-Canto XXI
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Então voltei-me como um homem impaciente
de ver o perigo a que convém fugir,
e que súbito medo desconcerta (...)
Dante-Divina Comédia
O Inferno-Canto XXI
Os homens deviam ser muito cautos com os
que não somente vêem os actos exteriores, mas
também penetram aquilo que os outros pensam!
Dante-Divina Comédia
O Inferno-Canto XVI
Um lugar subterrâneo habitado pelas almas dos mortos; segundo alguns dogmas religiosos, o destino de suplícios, onde os condenados ficarão submetidos aos demónios.
Uma morada de muitos demónios. Local de tormento e martírio atroz. Desordem e confusão. Desassossego e inquietação: eis o Inferno.
De acordo com a descrição de Dante, o Inferno consiste em nove círculos concêntricos, em forma de cone, cada círculo correspondendo a um pecado, descrevendo o modo como o pecador irá sofrer durante toda a sua eternidade.
À medida que os círculos se afunilam, o Inferno torna-se mais profundo, até chegarem ao centro da Terra.
Quanto mais profundo o círculo, piores os pecados e piores os castigos.
Os mortos são atormentados por centenas de demónios, objectos obscuros, forças da natureza e situações que os afetam não só espiritualmente, como também mentalmente, deixando-os, como o próprio Dante relata, num estado catatónico.
Pesquisa e adaptação de www.olingueto.com, obviousmag.org e www.bbc.com
Pintura de Sandro Botticelli, representa o inferno, tal como descrito por Dante Alighieri na Divina Comédia
Imagem impresso.em.com.br
«Quero somente que saibais isto, tanto que a
minha consciência é tranquila, estou resignado
à minha sorte, qualquer que ela seja.
Tais vaticínios não são novos para os meus
ouvidos: a Fortuna faça girar porém a sua roda
como lhe agraciar, e o vilão a sua enxada!»
Então Virgílio, voltando-se para o lado
direito olhou-me; depois disse:
«Bem escuta quem fixa na mente».
Dante-Divina Comédia
O Inferno-Canto XV
«Filosofia», me disse, a quem a entende,
ensina não somente em um texto,
como a natureza procede
da divina inteligência e do modo de operar de
Deus; e se tu consultares bem a tua «Física»,
encontrarás, depois de poucas páginas,
que a vossa arte segue quanto pode,
a natureza, como discípulo ao mestre;
que é de Deus quase neta vossa arte.
Da natureza e da arte convém
que os homens, segundo o «Génesis», tirem
o seu sustento e progresso;
e porque o usurário segue outra via, ofende
a natureza em si mesma e na arte, pondo a sua
esperança no fruto do dinheiro emprestado.
Dante-Divina Comédia
O Inferno-Canto XI
Tantos livros que ainda não li!
Uma amante da literatura que a abandonou algures no passado e que tenta redimir-se agora, saboreando-a de outra forma.
Com o olhar tragicómico dos quarenta, nenhuma leitura me foi tão acutilante como a de agora.
Com as rugas emerge, de facto, uma sabedoria criticamente tranquila, que nos desdramatiza.
Todo o drama transforma-se em emoção contida, uma delícia da vida que sabemos ser o seu alimento.
A descida ao Inferno dantesco é o desbravar daquilo que sempre soubémos e ao qual fechamos os olhos.
Não ver, não sentir, em prol da nossa sobrevivência hipócrita neste mundo que nunca será melhor do que é, por mais utopias que criarmos à sua volta.
A Terra é redonda, mas as utopias nunca o serão.
Quantos no mundo são considerados grandes reis,
que permanecerão aqui como porcos na lama,
deixando no mundo memórias abjectas!
Dante-Divina Comédia
O Inferno-Canto VIII
Existem lá dois justos, mas não são ouvidos;
a soberba, a inveja e a avareza são
as três faíscas, que incendeiam os corações.
Dante-Divina Comédia
O Inferno-Canto VI
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