O hábito Deus o manda
O hábito Deus o manda, é verdade,
para fazer as vezes da felicidade.
Aleksandr Pushkin-Eugénio Onéguin
Segundo Capítulo
Estrofe XXXI
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O hábito Deus o manda, é verdade,
para fazer as vezes da felicidade.
Aleksandr Pushkin-Eugénio Onéguin
Segundo Capítulo
Estrofe XXXI
Ora a fogosa juventude é aquela
idade em que não se esconde nada.
Pronta a soltar a língua, revela
amor, tristeza, alegria e hostilidade.
Na condição de veterano do amor,
Onéguin ouvia com ar protector
o poeta exprimindo os sentimentos,
soltando o coração aos quatro ventos,
ingénuo, a alma confiante despindo.
Aleksandr Pushkin-Eugénio Onéguin
Segundo Capítulo
Estrofe XIX
O blog missxis.blogs.sapo.pt encerrou as suas portas.
De forma triste e sentida.
Toda a minha pessoa está naquele blog: a minha autenticidade, a minha vulnerablidade, os meus sorrisos, as minhas lágrimas. O meu anonimato foi quebrado de uma forma que não compreendo.
Agradeço a todos aqueles com quem partilhei risadas e abraços bloguíticos.
A livrologia.blogs.sapo.pt continuará a existir, porque não irei parar de ler.
Obrigada por tudo.
Do que precisamos é de leitores que contagiem leitores e sejam capazes de transmitir a sua paixão.
Álvaro Magalhães.
in observador.pt
Imagem www.pinterest.pt
The final image, a page from Eugene Onegin, is a terrific example of his notebooks.
Cantava o amor, ao amor obedecendo
e - como devaneios de ingénua menina,
como fantasia de criança sonhando,
como a lua quando peregrina
pelo sereno deserto do firmamento,
deusa de mistérios, de encantamento
e suspiros ternos - seu canto era claro.
Cantava as brumas, o vago, o raro,
o triste adeus e as rosas românticas;
cantava aquelas terras distantes
onde seu pranto verteu torrentes
no seio do silêncio.
Aleksandr Pushkin-Eugénio Onéguin
Segundo Capítulo
Estrofe X
Excitavam-lhe o sangue desde cedo
a compaixão, a indignação em chama,
o amor puro pelo Bem, o desejo
atormentado e doce da fama.
Andou pelo mundo de lira desperta;
sob o céu de Schiller e de Goethe
sua alma ardeu em fogos, ateados
pelo fogo poético destes bardos;
e não envergonhou, poeta feliz!,
as Musas sublimes da sua arte:
altivo, guardou no canto, intacto,
o seu mais nobre sentir de raiz,
impulso da fantasia cândida,
encanto da singeleza esplêndida.
Aleksandr Pushkin-Eugénio Onéguin
Segundo Capítulo
Estrofe IX
E o brilho novo e o barulho do mundo
ainda eram fascínio profundo
no seu jovem pensamento. Pelo sonho,
meigo sonho acordado, distraía,
as dúvidas do coração; e via
o desígnio da vida como, suponho,
enigma que a cabeça lhe quebrava,
tentador, e milagres pressagiava.
Aleksandr Pushkin-Eugénio Onéguin
Segundo Capítulo
Estrofe VII
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