Eu sempre quero dizer o que digo
O meu assombro é pensarem que eu sempre quero dizer outra coisa.
Não! eu sempre quero dizer o que digo.
in O que se diz e o que se entende
O que se diz e o que se entende - Cecília Meireles
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O meu assombro é pensarem que eu sempre quero dizer outra coisa.
Não! eu sempre quero dizer o que digo.
in O que se diz e o que se entende
O que se diz e o que se entende - Cecília Meireles
É uma alegria, afinal, pensar que tudo isso ainda existe no mundo: que o homem ainda é feito de recordações, infância, imaginação, sensibilidade, sonho.
in "Oi, da prata e do ouro..."
O que se diz e o que se entende - Cecília Meireles
Na dúvida, avance! intitula uma página inteira da revista que estou a ler.
Mais publicidade implícita, neste caso demasiado explícita, escrita por uma executive and life coach, sobre motivação.
O conceito de life coaching é para mim uma outra forma de humor. Diverte-me tanto como a auto-ajuda e a minha profunda ignorância não consegue distinguir um do outro. Unem-se numa gargalhada só.
Seguir conselhos de life coaching é como levar à letra conselhos de astrologia, como se a extrapolação dos astros nos desse a resposta de como melhor moldar o nosso futuro, a nossa vida.
Raia os limites da arrogância alguém achar-se capaz de ajudar o outro a encontrar todo um novo caminho que o leve ao sucesso, quando o sucesso tem tantas definições quantas pessoas habitam este planeta.
Quando os americanos capturaram, mataram e despacharam o corpo de Osama bin Laden, alguém dizia que o castigo era desadequado.
Teria sido melhor obrigá-lo a viver o resto dos seus dias em aeroportos apinhados de gente e a passar constantemente pelas barreiras de segurança.
Afinal de contas, foi graças a ele que a aviação comercial se transformou no décimo círculo do inferno que Dante já não foi a tempo de conhecer.
João Pereira Coutinho
Cuidados Intensivos in Revista Sábado N.º 799
Tal como os ventos, que nada mais são que ar em movimento resultante das diferenças de pressão atmosférica, o marketing das marcas muda consoante as diferentes pressões sociais e culturais.
Um dia são sim, outro dia não e, se vender mais, também se pode ser nim.
As marcas advogam todas as ideologias necessárias para vender mais. Arvorando sustentabilidade, produtos bio, igualdade e beleza real, tudo vale para vender, indo de encontro às ideologias vigentes, raramente abraçando uma causa.
É inaceitável que do abismal lucro milionário que obtêm, não apliquem parte dele - uma ninharia que fosse - para abraçar uma causa, apoiando-a e estando ao lado dela.
Isso sim, é que deveria estar na moda.
Isso sim, é imagem de marca.
Podíamos ser mais reivindicativos em relação às condições de vida e ao papel do Estado nas nossas vidas. Realmente somos um povo de brandos costumes.
Há que reconhecer que temos algum peconceito, e isso até é normal, mas temos de o abordar. Dizem que não somos racistas, mas é claro que o povo português é racista.
Carlão
Conversas de Verão in Revista Sábado N.º 799
Porque só se nasce uma vez, o primeiro dia da minha existência continua a ser o melhor da vida inteira.
No dia em que nasci respirei fundo o mundo todo e na minha pele marcada, a impressão digital de quem viria a ser.
Pelo meu umbigo, o oriente da minha mãe unido ao meu ocidente, a placenta raiada de futuros improváveis, alimentou-me de utopias prováveis, deixando-me correr pelas veias a alquimia de que tudo é possível.
E ao seu primeiro acto de criação, Eva nascida, a minha mãe desvendou o maior dos pecados: sempre que se nasce o mundo fica melhor.
@ www.arcaliteraria.com.br
Meu nome todo é Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho. Fisicamente me pareço com mamãe (D. Francelina): míope, dentuça como eu; no resto sou como meu pai.
Manuel Bandeira
in A última entrevista de Manuel Bandeira por Carlos Willian Leite
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