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Livrologia

Livrologia

27
Dez19

O fim da Europa-América

É uma das mais antigas editoras de livros em Portugal. Fundada a 29 de maio de 1945, a Publicações Europa-América enfrenta há vários anos uma difícil situação financeira, que culminou agora com a apresentação do processo de insolvência.

Segundo o seu site, a Europa-América já publicou mais de 51 milhões de livros, tendo editado obras de 1900 autores portugueses e estrangeiros e colaborando com cerca de 1500 livrarias e outros pontos de venda.

Ler mais in Expresso

27
Dez19

O desafio dos pássaros comentado

Os Pássaros pediram e aqui estou eu para desabafar todo o sofrimento que tem sido a primeira temporada do desafio dos pássaros que termina já em Janeiro com a publicação do último texto.

Se me perguntarem de onde me veio a inspiração, poderia mentir com todas as teclas, que a inspiração desceu sobre mim qual Espírito Santo e me iluminou com as ideias mais idiotas de que há memória. Só que não. A minha inspiração veio do pânico que tenho sentido desde o dia em que me inscrevi.

Não sei como é que o resto dos seres humanos funciona, mas o pânico tem um efeito em mim absolutamente imprevisível e com consequências irreversíveis. Basta lerem tudo aquilo que escrevi - 15 preciosidades - para perceberem do que estou a falar e aproveito para deixar um pequeno comentário a cada um deles:

#1 Problemas, só problemas

Foi um dos temas que mais rapidamente escrevi. Recordo-me que quando recebi o email rabisquei de imediato o texto de rajada, num pedaço de papel rasgado. Em cinco minutos ficou escrito e foi muito estranho. Foi como se este tema estivesse latente em mim à espera de voar. 

 

#2 O amor e um estalo

Este tema desencadeou uma reacção quase mística da minha inspiração. Quando li o tema não conseguia parar de ouvir na minha mente Por una Cabeza de Carlos Gardel. O que viesse a escrever teria de ser um tango e assim foi. Reescrevi a letra de uma música que adoro. 

 

#3 Uma aventura/momento que te tenha marcado

Escolhi escrever sobre o primeiro momento, antes de todos os outros momentos marcantes que viria a ter: o meu nascimento e o nascimento da minha mãe, como mãe.

 

#4 A Beatriz disse que não. E agora?

Tentei imaginar como seria dizer "não" em verso. E assim foi.

 

#5 Estás na fila para o purgatório e Hitler está à tua frente. Ninguém o quer aceitar e a fila não anda. Escreve a tua intervenção para convencer um dos lados a aceitá-lo

Este foi o tema que mais gozo me deu escrever. Quando me sentei na cadeira, escrevi durante horas seguidas até que o texto ficasse exactamente como eu queria. Diverti-me tanto a escrevê-lo que se transformou num dos meus favoritos.

 

#6 Escreve uma história romântica baseada no clássico "O Amor, uma cabana… e um frigorífico"

Não gosto de escrever sobe temas românticos e o texto que escrevi revela um pouco isso. Sinto que não foi o mais inspirado dos textos e obviamente que fiquei do lado do Lobo Mau. Adoro vilões.

 

#7 A Constança precisa duma máscara capilar mas o teu patrão só quer que vendas compotas de abóbora com amêndoa. Convence-a a escolher a compota para usar como máscara capilar

Tive um ataque de ansiedade com este tema. Nada do que escrevia me parecia bem. Foram muitas as tentativas falhadas, muitos rascunhos que foram parar ao lixo antes da versão final. Um dos temas mais difíceis.

 

#8 Escreve uma carta para a criança que foste

Aquilo que verdadeiramente queria escrever, não o escrevi por motivos de privacidade. Muito ficou por escrever à criança que fui, ainda assim escrevi o essencial.

 

#9 Acordaste nu, sem te recordar de nada, numa ilha deserta

Demorei quase a semana inteira a decidir como raio iria escrever sobre isto.  Inventar um Correio da Manhã da passarada pareceu-me a melhor opção, tal era o desespero.

 

#10 Já chegámos? Já chegámos?

Este tema fez-me claramente recordar o meu filho quando era mais pequeno. Ele fez-me tantas vezes esta pergunta que finalmente decidi responder-lhe: que a chegada não é o mais importante, mas sim a viagem até lá.

 

#11 Um dia na tua família… do ponto de vista do teu animal de estimação

Escrever este texto divertiu-me imenso e adorei como ficou no final.

 

#12 Aqueles pássaros não se calam

Tinha prometido a mim mesma que um dos temas teria que ser inteiramente dedicado às crianças e este foi o tema perfeito para cumprir a promessa.

 

#13 Reescreve o final dum filme

Quis com este tema escrever também sobre a actualidade e nada melhor que um naufrágio para o fazer. O Titanic tem muitas semelhanças com Portugal.

 

#14 Não nasci para isto

Um dos meus preferidos, este texto saiu-me das entranhas. Adorei escrevê-lo e reflecte aquilo em que acredito. Este texto sou toda eu.

 

#15 O Pai Natal decidiu reformar-se e as entrevistas começam esta semana. Descreve uma dessas entrevistas na perspectiva do recrutador de recursos humanos: A Rena Rudolfo.

Inspirei-me nas entrevistas de emprego a que tive de comparecer e às perguntas absurdas que me fizeram. Um dos meus textos favoritos.

 

E vocês? Qual foi o texto de que mais gostaram?

26
Dez19

Só a asa da cotovia

Para o bem que é deste mundo:

Se enche com uma gota de água.

Mas sei torcer o destino,

Sei no espaço de um segundo

Limpar o pesar mais fundo.

Voei ao Recife, e dos longes

Das distâncias, aonde alcança

Só a asa da cotovia,

- Do mais remoto e perempto

Dos teus dias de criança

Te trouxe a extinta esperança,

Trouxe a perdida alegria.

 

Excerto do poema Cotovia

in Opus 10

Antologia - Manuel Bandeira

23
Dez19

Uma história sem história de Natal

natal1.jpg@ www.pinterest.pt

 

Pessoas e Coisas da Vida sugeriu um desafio natalício  - escrever uma história de Natal - e o Livrologia decidiu escrever uma história sem história de Natal:

Todo o seu mundo cabia numa caixa. Não tinha chave, nem porta, janela ou telhado. Uma casa feita de papelão com janelas envidraçadas de olhares que não o viam quando por ele passavam.

O vento, o frio, o nascer e o pôr-do-sol alimentavam as veias que lhe chegavam ao coração e enchiam o seu olhar de infinito. 

Do alto da sua invisibilidade finalmente conseguia ver o sentido que a vida nunca lhe dera, que o tudo seria sempre o nada, por mais árvores, por mais presentes, por mais luzes de Natal que brilhassem.

O Natal é só um dia fugaz de magia que aparece e desaparece com o desembrulhar das prendas. O dia seguinte é sempre de silêncio e de invisibilidade de quem por ele passa, igual aos restantes 364 dias esquecidos na memória do que é verdadeiramente o Natal.

23
Dez19

É no silêncio que se escuta o tumulto

De certa forma Sören reconhecia o risco que corria: sabia que é no silêncio que se escuta o tumulto, é no silêncio que o desafio se concentra. Mas ele impunha a si mesmo e aos outros uma disciplina de responsabilidade e de escolha dentro da qual cada um ficava terrivelmente livre.

Havia porém algo de taciturno e ansioso em Sören: ele pensava talvez que a integridade humana, mesmo a mais perfeita, nada podia contra o destino.

 

Saga - Sophia de Mello Breyner Andresen

in Histórias da Terra e do Mar

Quanto mais leio menos sei
Tudo o que escrevi para o Desafio de Escrita dos Pássaros está aqui!
Já começou a viagem pelo mundo da Gata Borralheira.
Cinema e literatura num só.
Venham também!
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Notícias literárias ou assim-assim em Operação Bookini
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