Batyushkov fez parte da Sociedade Arzamas fundada por Zhukovsky, mas a sua escrita não foi muito abundante, escrevendo apenas algumas elegias e traduções livres de epigramas gregos.
Apesar da sua parca escrita, os seus versos eram únicos, com uma doçura e suavidade musicais invejáveis, projectando a sua poesia para os holofotes da fama. Dizem os rumores que os seus versos sensuais e melodiosos influenciaram a poesia de Pushkin, mas esse é um segredo que só os deuses conseguiriam desvendar.
Zhukovsky fundou a Sociedade Arzamas, uma sociedade literária que incentivava valores literários mais modernos e mais próximos dos europeus.
Constituída por Zhukovsky, Batyushkov, Vyazemsky entre outros, um dos seus membros mais jovens era nada mais, nada menos um adolescente, Alexander Pushkin, o futuro génio poético da Rússia.
Pushkin tornou-se o protegido de Zhukovsky e ao longo dos 17 anos de amizade, sempre que Pushkin se metia em problemas com as autoridades, o que acontecia constantemente, Zhukovsky intercedia sempre, salvando-o muitas vezes das situações mais caricatas.
Depois da morte de Pushkin, Zhukovsky editou a obra não publicada do poeta, reescrevendo parte dela para ir de encontro às exigências dos censores. Zhukovsky e Vyazemsky foram os responsáveis pela promoção em larga escala da obra e da genialidade de Pushkin.
Almost everything of mine is someone else's, or about someone else, and yet it is all my very own.
~Vasily Zhukovsky~
Zhukovsky traduziu uma variedade de obras do mundo inteiro para russo. Aliás, a ideia de propriedade intelectual não existia na época e há inclusivé traduções que foram efectuadas de uma forma tão livre que muitas vezes escapam ao rigor do original.
As suas imensas traduções de Schiller tornaram-se em autênticas obras clássicas da língua russa, que muitos consideram ter tanta ou mais qualidade que os originais.
Essas mesmas traduções viriam a inspirar uma nova geração de escritores como os realistas russos, sendo Dostoievski um deles. Aliás, Dostoievski costumava chamar a Zhukovsky "o nosso Schiller".