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Livrologia

Livrologia

30
Ago22

E o mar ondula e desmaia

E o mar ondula e desmaia,
Depois me empurra é fatal
O mar me empurra pra areia
Sou atirado na praia
Das palmeiras, minha rua...

Excerto do poema Canto do Mal-de-Amor

in A Costela do Grã Cão

in Poesias Completas I (1941) de Mário de Andrade

29
Ago22

Não estou nada melhor da gripe

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São Paulo, 3/10/59

Meu amor, minha querida Mécia

(...) São quatro horas, já passa, e vou sair para deitar-te esta carta no Correio Geral, único sítio em S. Paulo onde se pode deitar uma carta, pois os marcos são raros e não funcionam, e é urgente que a recebas.

Não estou nada melhor da gripe, mas ainda bem que a tive aqui, e não no Rio, onde, se eu ficasse estendido em casa, ninguém daria por isso, nem os amigos que me suporiam partido para cá, sem dar notícia, à brasileira. Não me posso conter de ansiedade em ver-te arrancada daí e às crianças. Logo me sentirei menos só, menos triste, menos angustiado. Que saudades, meu Amor, que vida a nossa! Quantos são bestas e felizes! Nada lhes falta, fazem o que querem e cresce-lhes o tempo! (...)

Beijos, beijos e saudades do teu que te aperta contra o coração

Jorge

 

in Correspondência Jorge de Sena e Mécia de Sena «Vita Nuova» (Brasil, 1959-1965)

com organização de Maria Otília Pereira Lage

28
Ago22

Érico Veríssimo veio de uma família abastada arruinada

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Érico Veríssimo veio de uma família abastada arruinada. Filho de um farmacêutico - Sebastião Veríssimo da Fonseca - e de uma dona de casa - Abegahy Lopes - tinha um irmão mais novo Ênio e uma irmã adoptiva, Maria

Quando tinha quatro anos, Érico Veríssimo ficou gravemente doente e, após ser levado a vários médicos, descobriram que estava doente com meningite e broncopneumonia, tendo sido salvo pelo médico que o diagnosticou.

28
Ago22

Olho-a com a imaginação, com a fantasia, pela janela dum poema

Acontece ainda que as cidades, como as pessoas, estão sujeitas também a mudanças de «estado de espírito», de acordo com as horas do dia, as estações, anos, as condições atmosféricas.

Chego a Boston numa clara tarde de domingo. Ela recebe-me com a polidez fria e distante dum aristocrata. E, sem rancor nem timidez, procuro vê-la, não apenas com os olhos da minha câmara cinematográfica, nem com os do meu corpo mortal. Contemplo-a também com a memória, através de coisas lidas, ouvidas ou sonhadas. Olho-a com a imaginação, com a fantasia, pela janela dum poema ou através da névoa duma lembrança.

in Gato Preto em Campo de Neve de Érico Veríssimo

28
Ago22

As cidades são para mim como pessoas

As cidades são para mim como pessoas. Não sei vê-las apenas em termos de pedras, árvores, veículos, objectos. É preciso que eu lhes descubra a alma, imagine que elas me estão falando, contando como são, como foram.

Sinto logo ao vê-las se me acolhem, repelem ou permanecem indiferentes. Porque as cidades têm memória e nervos, um coração que pulsa e um sangue quente a correr-lhes nas veias. 

in Gato Preto em Campo de Neve de Érico Veríssimo

Quanto mais leio menos sei
Tudo o que escrevi para o Desafio de Escrita dos Pássaros está aqui!
Já começou a viagem pelo mundo da Gata Borralheira.
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