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Livrologia

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03
Out22

A rotina nem sempre permite que viaje para o mundo imaginário dos livros

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O Outono chegou. Após uma pequena pausa necessária nas minhas leituras estou de regresso.

A rotina nem sempre permite que viaje para o mundo imaginário dos livros como gostaria. A realidade não deixa de existir, simplesmente porque gosto de escapar para longe dela.

Então, como andam as minhas leituras?

 

De Jorge de Sena:

  • continuo a ler Sinais de Fogo e tem sido uma experiêcia agradavelmente inesperada;
  • continuo a ler Entrevistas 1958-1978, edição de Mécia de Sena e Jorge Fazenda Lourenço
  •  acabei de ler Correspondência Jorge de Sena e Mécia de Sena «Vita Nuova» (Brasil, 1959-1965com organização de Maria Otília Pereira Lage 

 

De Mário de Andrade:

  • continuo a ler Poesias Completas I

 

De Érico Veríssimo:

  • já nas páginas finais de  Gato Preto em Campo de Neve
03
Out22

Muitas vezes perguntamos: que é que nos leva a ler romances?

Muitas vezes perguntamos: que é que nos leva a ler romances?

A nossa necessidade de ler ficção, penso, vem de um desejo de viver mais, de ampliar a órbita individual, de participar de outras vidas e em outros lugares. A leitura nem sempre significa fuga da vida, como queria aquela personagem de Machado de Assis. 

As pessoas procuram nos livros de histórias o convívio com outros seres humanos que têm problemas parecidos com os seus; querem ver como as personagens resolvem esses problemas, como se portam em circunstâncias idênticas às que eles, leitores, encontram na vida real.

Em último caso, mesmo que o herói ou heroína não encontrem nenhuma solução para as suas dificuldades, os leitores se consolarão à ideia de que as outras pessoas e não só a eles «acontecem também essas cousas».

 

in Gato Preto em Campo de Neve de Érico Veríssimo

02
Out22

O artista que se entrega passivamente ao povo

Na minha opinião, o artista que se entrega passivamente ao povo, fazendo-lhe todas as vontades, no afã de ser-lhe sempre agradável, corre um risco de destruição irremediável; mas o que despreza esse mesmo público fica sujeito a tornar-se inumano, precioso e isolado da vida e das suas verdades simples.

 

in Gato Preto em Campo de Neve de Érico Veríssimo

02
Out22

Hollywood está longe de ser um tema fútil

Querer ver de perto os artistas de cinema pode ser uma preocupação pueril; fátua, versátil e artificial talvez seja Hollywood como cidade; mas Hollywood está longe de ser um tema fútil. Porque esse subúrbio de Los Angeles exerce hoje em dia uma influência profunda e poderosa sobre mais de metade do Mundo.

 

in Gato Preto em Campo de Neve de Érico Veríssimo

01
Out22

Tantos poetas de alta categoria como Portugal possui

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Quais são, a seu ver, as características da moderna literatura portuguesa que positiva ou negativamente a definem no quadro das modernas literaturas que conhece?

 

(...) Não creio que a literatura francesa, a espanhola, a inglesa, a norte-americana, a italiana, a alemã, ou a brasileira, tenham, com menos de cinquenta anos, tantos poetas de alta categoria como Portugal possui: se não são conhecidos e estimados, e muitas dessas literaturas gozam de uma celebridade inteiramente em desproporção com a categoria absoluta que será a deles, o mal é das circunstâncias que nunca os propagandearam como as outras culturas sabem fazer, é da mesquinharia da crítica lusitana que, ao dar gato por lebre, desacredita a literatura portuguesa entre as que poderiam interessar-se por ela, e é da herança dolorosa de uma língua encadeada no silêncio de si mesma, e que agora sai dela sobretudo pela importância internacional de que o Brasil se reveste muito justamente.

 

Excerto da entrevista O Tempo e o Modo, Lisboa, n.º 59, Abril de 1968

in Entrevistas 1958-1978, edição de Mécia de Sena e Jorge Fazenda Lourenço

Pág. 8/8

Quanto mais leio menos sei
Tudo o que escrevi para o Desafio de Escrita dos Pássaros está aqui!
Já começou a viagem pelo mundo da Gata Borralheira.
Cinema e literatura num só.
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