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Livrologia

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28
Dez22

Sinais de Fogo e a adolescência

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O ambiente político da guerra e de um regime policial recém-implantado constitui a base da ação – num romance de formação marcado pelo acordar dos sentimentos mais íntimos de um adolescente... E o protagonista interroga-se:

«Era eu diferente dos outros? Estivera, desde sempre, destinado a sê-lo? Ou um conjunto de circunstâncias excessivamente extravagantes me transformara o suficiente para isso? Mas, se as circunstâncias haviam podido ter um tal resultado, não seria porque já eu estava destinado à diferença (que poderia dar-se ou não dar-se) de um conjunto delas agir sobre mim? Eu não queria ser diferente dos outros em nada, e não me sentia diferente. Pelo contrário, o que eu descobrira, ou descobria, é que todos são diferentes, desde que a hora ou o momento surjam.»

in CNC por Guilherme d’Oliveira Martins

28
Dez22

O silêncio das vozes

O mais curioso de tudo, pensava eu, era o silêncio das vozes: não havia vozes no quarto, nem na memória, nem na minha mesma fala. Quando, distraidamente, me dei conta disto e senti a curiosidade de verificar aquele curioso silêncio, era como se eu tivesse desaprendido de ouvir, de falar, ou de rememorar, como sons ou como figuras, as palavras.

in Sinais de Fogo de Jorge de Sena

27
Dez22

Nós precisamos de pessoas que investiguem o que é que o passado foi

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Nota-se na sua obra crítica precisamente uma nova visão de realidade cultural que é necessário redescobrir e analisar em termos diferentes. Considera-se isolado nesse caminho ou, pelo contrário, há já outros nomes que o seguem?

 

(...) O problema que se coloca hoje à cultura é este: nós não precisamos de pessoas que tenham ideias sobre o que se passou no passado. Nós precisamos de pessoas que investiguem o que é que o passado foi.

(...) Temos opiniões sobre tudo, antes de sabermos o que as coisas são, e isto por falta, sobretudo, de formação. Falta de formação metodológica e sistemática de trabalho. Fomos demasiadamente um povo de amadores em tudo. 

 

Excerto da entrevista Vida Mundial, Lisboa, 7 de Março de 1969 por Fernando da Costa

in Entrevistas 1958-1978, edição de Mécia de Sena e Jorge Fazenda Lourenço

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