Todas as coisas são [compostas] de opostos numa diversidade de grau
Partindo ainda do mesmo fundamento, digamos: porque nos opostos encontramos um excedente e um excedido, tal como no simples e no composto, no abstracto e no concreto, no formal e no material, no corruptível e no incorruptível, etc., resulta que não se chega ao outro puro dos opostos ou àquilo em que convergem precisamente de modo igual. Assim, todas as coisas são [compostas] de opostos numa diversidade de grau, tendo mais de um e menos de outro, sobressaindo a natureza de um dos opostos pela vitória de um sobre o outro.
in A Douta Ignorância de Nicolau de Cusa