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Livrologia

Livrologia

12
Mar23

O poeta é o homem que não perde a coragem com a qual nasceu

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Lisboa, 20 de Março de 1961

 

Caríssimo Jorge

(...)  Na Perseguição que você me mandou em 1943 estão sublinhados dois versos do «Andante»:

«Soube-me sempre a destino a minha vida» e «As crianças nascem com uma coragem que perdem».

Este último verso está no centro da sua poesia. Em toda ela há como que o testemunho de que o poeta é o homem que não perde a coragem com a qual nasceu.

Li o seu livro com um misto de entusiasmo e aguda tristeza: entusiasmo porque o livro é maravilhoso; tristeza porque mais ainda vejo e penso como aqui quase todos e quase tudo o não mereceram. (...)

Sophia

 

in Correspondência Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner 1959-1978

com organização de Mécia de Sena e Maria Andresen de Sousa Tavares

12
Mar23

Olhando a diversidade das coisas, admiramo-nos

Mas nós, olhando a diversidade das coisas, admiramo-nos com o modo como a única razão simplicíssima de todas as coisas seja também a razão diferente de cada uma delas. Sabemos que isso é necessário, no entanto, pela douta ignorância, que mostra que a diversidade em Deus é identidade.

in A Douta Ignorância de Nicolau de Cusa

12
Mar23

O saber máximo da nossa ignorância, o saber do não saber

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Como já tinha referido anteriormente, A Douta Ignorância estruturalmente divide-se em três livros. 

Acabei de ler o primeiro que, apesar de se focar no Máximo absoluto, aprofunda mais o saber máximo da nossa ignorância, o saber do não saber, reflectindo sobre as possibilidades e limites do conhecimento.

Porque o modo humano de conhecer, que apreende o conhecimento através do método da proporção e da analogia, do conhecido para o desconhecido, não nos permite o acesso a um conhecimento de Deus.

A "douta ignorância" não diz apenas respeito ao nosso saber das "coisas divinas", mas também se refere aos nossos conhecimentos empíricos.

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