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Livrologia

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14
Mar23

Miguel Delibes e a realidade desoladora

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La realidad es desoladora. La sociedad es tortura, intransigencia, competencia, violencia, desarraigo, miseria, falta de autenticidad.

"Mi sentimiento principal es el miedo", dice la cita de Horkheimer, que abre Parábola del Náufrago. Pero ¿a dónde huir?

"La única salida para el tímido es la naturaleza", le dicen a Jacinto San José.

in Conversaciones con Miguel Delibes de Alonso de los Ríos

13
Mar23

Parecía un ser insensible, indiferente a los hombres y las cosas

Muchas veces se había confesado Sebastián que sufría más por su hermana que por él; que aquella criatura desgarbada, pálida, de mirada huera, le oprimía el corazón, le desazonaba, más que sus proprios contratiempos.

Parecía un ser insensible, indiferente a los hombres y las cosas; cruzaba la vida con una frialdad glacial, impropria de sus pocos años.

in Aún es de día (1949) de Miguel Delibes

13
Mar23

Morte e sociedade em Miguel Delibes

delibes1.jpgEn toda novela debe haber tres elementos al menos: un hombre, un paisage y una pasión.

Miguel Delibes

Muerte y sociedad son las dos amenazas que pesan constantemente sobre las criaturas de Delibes, pero digamos que el escritor ha ido desplazándose de aquellas preocupaciones metafísicas a otras más inmediatas.

La muerte está, ahora, en la sociedad. El miedo a la muerte fue la brecha de luz que le dio al escritor un sentido crítico para enfrentarse con la sociedad.

in Conversaciones con Miguel Delibes de Alonso de los Ríos

13
Mar23

Algo que le apartase de la triste monotonía de su vida regular y gris

Veinte años llevaba pensando, cada mañana, al despertar, que aquel día podría traerle un cambio radical en su existencia. Jamás se le ocurrió presentir en qué consistiría este cambio.

Se conformaba con anhelarlo, en la esperanza vaga de que fuese algo renovador, algo que le apartase de la triste monotonía de su vida regular y gris.

in Aún es de día (1949) de Miguel Delibes

13
Mar23

As entrevistas que deu caem muitas vezes num registo mais íntimo

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«[…] eu sou um homem visceralmente de exílio, […] que chegou à conclusão que se sente mal no mundo, embora ache que não há outro. E daí eu ter concluído que devemos ser sempre de todos os lugares que nos acolhem.»

Sena sofreu fortemente com a sua condição de desenraizado, em que sentia não pertencer a lugar algum. Levou uma existência desconectada com as raízes que incessantemente buscou e não encontrou. No exílio, enraízou-se através da escrita, escrevendo versos incessantemente, estudando avidamente literatura, a sua grande paixão.

As entrevistas que deu caem muitas vezes num registo mais íntimo em que Sena confessa esta sua desconexão com Portugal, não só pelos anos de ditadura em que o país esteve mergulhado, mas também pelas vozes dissonantes que o criticavam asperamente.

 

De Jorge de Sena:

  • já nas últimas páginas de Entrevistas 1958-1978, edição de Mécia de Sena e Jorge Fazenda Lourenço
  • continuo a ler Correspondência - Sophia de Mello Breyner e Jorge de Sena.

 

De Nicolau de Cusa: 

  • já nas últimas páginas de A Douta Ignorância 
13
Mar23

O perigo de um escritor é ele perder o contacto com a sua própria realidade

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Logo, a posição exacta do escritor no processo de produção depende, em grande parte, da própria indústria que, em qualquer sítio, a produção do livro é.

No que respeita às origens do escritor em correlação com essa posição, como já disse, o perigo de um escritor é ele perder o contacto com a sua própria realidade e a sua própria experiência e adquirir uma experiência teórica, directa, de base estritamente literária, que resulta da própria integração nesse processo  de produção que ele não controla.

Logo, o escritor deverá tentar libertar-se dentro dessa estrutura industrial, usando, como já mencionei, na medida do possível, todo o sistema de contradições, no interior do qual poderá circular mais à vontade do que poderia noutras condições.

 

Excerto da entrevista Vida Mundial, Lisboa, 25 de Agosto de 1972 por João Carreira Bom

in Entrevistas 1958-1978, edição de Mécia de Sena e Jorge Fazenda Lourenço

12
Mar23

O poeta é o homem que não perde a coragem com a qual nasceu

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Lisboa, 20 de Março de 1961

 

Caríssimo Jorge

(...)  Na Perseguição que você me mandou em 1943 estão sublinhados dois versos do «Andante»:

«Soube-me sempre a destino a minha vida» e «As crianças nascem com uma coragem que perdem».

Este último verso está no centro da sua poesia. Em toda ela há como que o testemunho de que o poeta é o homem que não perde a coragem com a qual nasceu.

Li o seu livro com um misto de entusiasmo e aguda tristeza: entusiasmo porque o livro é maravilhoso; tristeza porque mais ainda vejo e penso como aqui quase todos e quase tudo o não mereceram. (...)

Sophia

 

in Correspondência Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner 1959-1978

com organização de Mécia de Sena e Maria Andresen de Sousa Tavares

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