09
Abr23
Uma casa a que podíamos dar a volta e ficar a conhecer por todos os lados
Deixámos a cidade e partimos. Andava eu, então, perto dos sete anos...
O Passal, onde ficámos a viver em Oliveira, pertencia, como disse, ao tio Alfredo que apenas o ocupava um mês, durante o Verão. Era a antiga residência do vigário da vila e ficava mesmo dentro do adro da igreja. O Passal não era um prédio numa rua, como os da cidade, não era uma parede com janelas mas uma casa a que podíamos dar a volta e ficar a conhecer por todos os lados.
in Horas Vivas: Memórias da Minha Infância (1952) de Natália Nunes