A Feira do Livro de Lisboa está a decorrer entre os dias 25 de Maio e 11 de Junho no Parque Eduardo VII. Este ano com mais zonas de estar e de sombra, novos conceitos de restauração e a Casa dos Animais de Lisboa participa pela primeira vez. Façam uma visita!
Parque Eduardo VII. 25 Mai-11 Jun, Seg-Qui 12.30-22.00, Sex e feriados 12.30-23.00, Sáb 11.00-23.00, Dom 11.00-22.00.
A título de curiosidade, sabem qual o livro mais vendido da história? A Bíblia. Traduzido em 349 idiomas, já vendeu mais de cinco bilhões de cópias desde o século XIX.
Uma ressalva para a vencedora do Prémio Camões 2021, atribuído à escritora moçambicana Paulina Chiziane, pela «importância que a escritora dedica nos seus livros aos problemas da mulher moçambicana e africana», e também ao «seu trabalho recente de aproximação aos jovens, nomeadamente na construção de pontes entre a literatura e outras artes».
Em Maio celebrou-se também o Dia Mundial da Língua Portuguesa a quarta língua mais falada no mundo. Com mais de 260 milhões de falantes, é a língua oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Há uma nova app para os amantes da leitura. A Bookmory permite listar e gerir as obras lidas, bem como adicionar comentários. Também é possível sublinhar as frases preferidas ou criar notas para partilhar, acompanhadas de diferentes backgrounds à escolha. Tem também um temporizador que permite “contabilizar” o tempo dedicado a ler, para a possibilidade de registo do número de páginas lidas ou para a secção de estatísticas que podem ajudar a melhorar os hábitos de leitura. Experimentem! Estou a adorar!
The pioneers were thrifty or they would have perished: they had to store away food for the winter, or goods to trade for food, and they often feared they had not stored enough —they left traces of that fear in their sons and grandsons. In the minds of most of these, indeed, their thrift was next to their religion: to save, even for the sake of saving, was their earliest lesson and discipline.
No matter how prosperous they were, they could not spend money either upon “art,” or upon mere luxury and entertainment, without a sense of sin.
Os Tarkingtons nem sempre foram uma família convencional.
Há um acontecimento caricato em que se descobriu que o jovem Booth andava a faltar às aulas há dois meses sem que os pais se apercebessem do facto. Castigos? Absolutamente nenhuns. Sermão? Nem uma palavra.
Os pais simplesmente decidiram enviá-lo para a Phillips Exeter Academy, que frequentou até entrar na Purdue University.
In the days before deathly contrivances hustled them through their lives, and when they had no telephones —another ancient vacancy profoundly responsible for leisure —they had time for everything: time to think, to talk, time to read, time to wait for a lady!
Comecei a ler The Magnificent Ambersons de Booth Tarkington e as primeiras páginas são cheias de vida.
Transportam-nos para uma cidade do Midwest sem nome, talvez seja Indianapolis, a cidade onde o autor cresceu e viveu a maior parte da sua vida.
As ruas são animadas, cheias de humanidade, e a cada página conseguimos ouvir as vozes, os ruídos, admirar a arquitectura, espreitar pelas janelas abertas das casas. E em plena descrição do que nos rodeia, inicia-se uma retrospectiva da história dos Ambersons, de como se tornaram magnificentes.
In that town, in those days, all the women who wore silk or velvet knew all the other women who wore silk or velvet, and when there was a new purchase of sealskin, sick people were got to windows to see it go by.
Como explicar uma carreira notável mergulhada nesta contradição: uma ascensão meteórica até à fama, com uma reputação irrefutável ao longo de várias décadas, para depois acabar em total esquecimento?
Tarkington escreve de uma forma confiante e a sua narrativa é atraente, mesmo que daí não advenha grande imaginação ou originalidade. Tem uma capacidade de caracterização fenomenal, apesar da sua tendência para o sentimentalismo, e o seu estilo informal é magnético, o que permite uma leitura fácil e confortável.
Booth Tarkington ganhou dois Pulitzer com The Magnificent Ambersons e Alice Adams, nove dos seus livros estiveram entre os dez mais vendidos do ano em que foram publicados, e em 1933 ganhou a medalha de ouro para ficção da American Academy of Arts and Letters. É quase inexplicável o seu esquecimento nas hostes literárias.