O pensamento do infinito escapa às leis que marcam a finitude do nosso pensar
A "douta ignorância', como saber do não saber, comporta, em primeiro lugar, uma dimensão lógica e gnosiológica, mostrando como o pensamento do infinito escapa às leis que marcam a finitude do nosso pensar e também o nosso pensamento da finitude.
Ela é marcada pela regra da disproportio, segundo a qual não pode haver proporção entre o finito e o infinito e, por isso, o modo humano de conhecer, que avança gradualmente, através do método da proporção e da analogia, do conhecido para o desconhecido, não nos permite o acesso a um conhecimento de Deus.
Excerto de Introdução de João Maria André
in A Douta Ignorância de Nicolau de Cusa