Sophia aguçou a minha curiosidade e comecei a ler Cavafy
Quem lê ou leu Sophia sabe da sua paixão muito pouco secreta pela Grécia e por tudo o que é grego.
E em pleno desabafo, numa carta escrita a Jorge de Sena que consta do livro Correspondência - Sophia de Mello Breyner e Jorge de Sena, revela a leitura que fez de Cavafy:
Gostei muito de receber as traduções tuas do Cavafy que muito agradeço. O Cavafy parece às vezes um discípulo do Ricardo Reis, mas está longe da perfeição e da «dicção total do Pessoa», é mesmo um pouco «terra à terra» e tem um helenismo muito helenístico. Os versos dele têm muito charme mas parecem uma cópia. O que ele diz é muito estereotipado. Mas é uma poesia que evoca um ambiente - um mundo quente envelhecido e rouco - um mundo helenístico com muita literatura de «fin de siècle». A imaginação do Cavafy é mais uma imaginação de romancista do que uma imaginação de poeta.
Sophia aguçou a minha curiosidade e comecei a ler este poeta grego, considerado um dos mais importantes poetas gregos do século XX.
De Constantine P. Cavafy:
- comecei a ler The Complete Poems