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Livrologia

Livrologia

11
Ago23

Se não és um leitor regular de poesia, não sabes o que estás a perder

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Quem acompanha o Livrologia sabe que não consigo ler prosa, sem estar a ler poesia em simultâneo. A poesia é o meu escape literário, onde me refugio de todas as outras leituras.

Porém, a poesia é muito mais do que um mero refúgio onde nos escondemos para fugir do mundo que já nos parece sempre o mesmo.

Ajuda-nos a abrandar e a saborear as palavras, retendo de cada uma delas a beleza e o poder do seu significado. Com ela enriquecemos o nosso vocabulário e a nossa técnica de escrita, não fosse a poesia rica em linguagem figurativa, criadora de uma imagética e emoção intensas.

A poesia torna-nos pensadores mais criativos, capazes de criar novas ideias e soluções alternativas. Não só desenvolve a nossa criatividade, como também o nosso pensamento crítico e analítico, ajudando-nos a descobrir significados por detrás do aparentemente óbvio.

Com ela viajamos para outros mundos e culturas, abrindo a nossa mente para novas possibilidades e novas formas de pensar. Viajando, conseguimos compreender experiências humanas diferentes das nossas, o que nos permite ganhar mais empatia pelas perspectivas opostas às nossas. E compreendendo outras experiências e existências humanas, alcançamos uma maior conexão com os outros e connosco, porque todos nós partilhamos as mesmas emoções.

Por isto tudo, se não és um leitor regular de poesia, não sabes o que estás a perder.

11
Ago23

Impressão Digital

Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.
 
Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
 
Nas ruas ou nas estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandescente.
 
Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
 
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes

 

Poema Impressão Digital in Movimento Perpétuo 1956

in Obra Completa de António Gedeão

Quanto mais leio menos sei
Tudo o que escrevi para o Desafio de Escrita dos Pássaros está aqui!
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