A linguagem ao serviço de registos literários e de uma multiplicidade de estilos
O poeta assinava sempre apenas os poemas que considerava prontos para incluírem a sua obra. (...) Desde já, queremos deixar bem explícito que, para o poeta, a linguagem não é um objetivo em si, como o foi para tantos simbolistas de que o pretenderam fazer, erradamente, continuador, mas (sem dúvida mais à maneira de um Pound) um instrumento ao serviço de registos literários e de uma multiplicidade de estilos - irónico, solene, oficial, paródico, prosaico, meditativo, distanciado, emotivo, problemático.
in Prefácio de Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratsinis
in Os Poemas de Konstantinos Kavafis