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Livrologia

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18
Ago23

Esta Alexandria, obsessão de Kaváfis, marca toda a extensão da sua obra

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Konstantinos Kaváfis é seguramente um dos nomes grandes da poesia grega moderna, o que se torna ainda mais particular por ter nascido, e vivido praticamente toda a sua vida, em Alexandria.

Em 1863, numa altura em que a metrópole egípcia pertencia ainda ao enorme Império Otomano, Kaváfis nasceu filho de pais gregos, o pai um próspero mercador que acabou por falecer subitamente quando o poeta era ainda criança. Com a situação financeira subitamente tornada precária, a família viu-se necessitada a emigrar para Liverpool, onde esteve durante sete anos, regressando novamente a Alexandria em 1877, de onde foi novamente obrigada a sair em 1882, fruto da guerra Anglo-egípcia, desta feita para Constantinopla. Quando regressou à sua cidade natal, três anos mais tarde, Kaváfis de lá não saiu mais.

Esta Alexandria, obsessão de Kaváfis, marca toda a extensão da sua obra, onde temos, coexistindo, a Alexandria mítica do período helenista de 200 a.C., e a sensual e cosmopolita Alexandria do início do séc. XX, repleta de bares e bordéis, cheia de belos rapazes pelos quais Kaváfis se deixava enfeitiçar, para depois os lembrar, mais tarde, na sua beleza efémera.

A palavra "efebo" é, aliás, aquela que provavelmente povoa em maior número os 154 poemas que deixou publicados, todos eles escritos já após Kaváfis contar os quarenta anos, quando rejeita tudo o que tinha escrito anteriormente e se dedica a escrever os únicos poemas que considerou dignos desse nome, distribuindo-os em folhetins ao seu círculo de amigos, o cânone completo apenas publicado postumamente.

in O efémero da beleza e a evocação da memória na poesia de Konstantinos Kaváfis 

de Joaquim Miguel Fernandes Duarte 

in Comunidade, Cultura e Arte

18
Ago23

Desejos

Como corpos belos de mortos que não envelheceram

e estão fechados, com lágrimas, em esplêndida tumba grandiosa,

com rosas na cabeça e nos pés jasmim...

desse modo parecem os desejos que desapareceram

sem serem cumpridos, sem nenhum deles ser dignado assim

com uma noite do prazer, ou manhã dele luminosa.

Poema Desejos

in Os Poemas de Konstantinos Kavafis

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