Observando-se a partir do exterior, numa experiência quase extracorpórea
Clotilde luta contra uma dor sem nome, mas de uma intensidade incompreensível. Uma dor feita de culpa, pela censura social que lhe aponta o dedo e por si própria que não se perdoa por ter falhado fingir o que não queria ser num determinado momento da sua vida.
O seu processo de expiação transforma-se numa espécie de viagem ao passado, durante a qual recorda os momentos que mais a marcaram e que acabaram por, de alguma forma, determinar o seu destino.
Para encontrar a sua redenção megulha numa profunda análise introspectiva, compreendendo e aceitando as consequências do seu passado, observando-se a partir do exterior, numa experiência quase extracorpórea.