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Livrologia

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24
Ago23

António Gedeão escreveu os primeiros versos por volta dos 5/6 anos

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Aprendeu a escrever precocemente, numa casa onde viviam duas irmãs mais velhas, uma mãe leitora compulsiva e um pai cantor coral (além de funcionário dos Telégrafos e Correios de Portugal).

Na Graça, num terceiro andar com vista para o Tejo, escreveu os primeiros versos por volta dos 5/6 anos. Ainda se chamava apenas Rómulo Vasco da Gama Carvalho, mas já usava palavras complexas e, sem saber, elaborava metáforas dividindo o mundo entre o sagrado e o profano, entre o visível mundo da carne e o invisível mundo dos feitiços.

Aos 10 anos, já tinha completado a escola primária, atreveu-se a continuar os Lusíadas. Leu a épica obra e se Camões parou no reinado de D. Sebastião ele havia de prosseguir até ao reinado de D. Manuel I. O que veio a ser o “XI Canto dos Lusíadas” foi publicado no Diário de Lisboa, com direito a fotografia do poeta vestido de marujo mais para gáudio da família que do próprio, que só haveria de voltar a publicar poemas seus quarenta anos mais tarde.

in Observador

24
Ago23

Melodia Proibida

Uma emoção pequenina
me vem do lado de lá.
Rompe através da cortina
que envolve o mundo de cá.

 

Chega ofegante e risonha
a escorrer gotas de orvalho.
Nuns farrapos de vergonha
tem todo o seu agasalho.

 

Dá-lhe o sol num de repente.
Fulge rápida, num grito.
Flor de silêncio estridente,
continente de infinito.

 

Gota de som, dedilhada
em fios de Sol, chispando
espirros de luz irisada
como guizos tilintando.

 

Chama do espírito vivo
a velar corpo de luto.
Essa é a onda que escuto
quando sorrio sem motivo.

 

Poema Melodia Proibida in Movimento Perpétuo 1956

in Obra Completa de António Gedeão

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