Alexandria é musa do poeta
À época não era vulgar nem o estilo, nem os temas sobre os quais Kaváfis se debruçou nas várias facetas que exibe ao longo destes 145 poemas, mais não fosse pelo seu carácter homossexual abertamente assumido, ainda que seja importante relembrar que a intimidade do que escrevia era dirigida para o seu círculo de amigos mais próximos; pouco mais gente a eles tinha acesso.
Como já referido, junto aos efebos, Alexandria é musa do poeta, sendo impossível distanciá-lo tanto da cidade como do mundo helénico, das influências da cultura e civilização grega em praticamente tudo o que nos rodeia.
Nos seus poemas vemos as grandes batalhas de Esparta, ou de Alexandre, o Grande, tal como, ao mesmo tempo, não podemos deixar de ver a perfeição da estatuária helénica, com inúmeras referências não só à escultura grega como à perfeição estética a ela associada.
in O efémero da beleza e a evocação da memória na poesia de Konstantinos Kaváfis
de Joaquim Miguel Fernandes Duarte