Estas mulheres passam os dias a pensar ou a dizer mal umas das outras
Assembleia de Mulheres para além de ser estruturalmente original, visto que não há uma narrativa simples, revela uma ironia que deixa entender uma crítica dura e mordaz à sociedade da época. Aliás, crítica que ainda se mantém actual nos dias de hoje.
É através dos diálogos e monólogos interiores das personagens que ficamos a conhecê-las e às suas circunstâncias. Várias mulheres frustradas, que trabalham num Museu da Farmácia, dirigido por um director arcaico que provoca inadvertidamente situações burocraticamente caricatas.
Estas mulheres passam os dias a pensar ou a dizer mal umas das outras, alimentando o preconceito e a sua própria incompetência. O alvo das suas críticas é Vera Alexandrina que, por ter vivido no estrangeiro, tem outra mentalidade e quer, de facto, trabalhar, ao contrário das restantes.