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Livrologia

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E não interessa na verdade definir o que um homem é, porque só é definível o que ele faz

Não pratico militância literária, nem hasteio a intelectualidade

Celebrar o livro é celebrar a imaginação de quem o lê e a arte de quem o escreve
20
Nov23

Pela primeira vez leio Cristina Carvalho

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Pela primeira vez leio Cristina Carvalho.

Ao escolher ler os seus livros tive receio de me deixar contaminar pela leitura prévia de António Gedeão e Natália Nunes, os seus pais, mas são os três tão diferentes que isso não acontecerá. Aliás, apesar de serem uma família de escritores, todos se demarcam pela sua singularidade.

Neste momento estou a ler Até já não é adeus de 1989, o livro de estreia da autora, onde reúne dez contos, escritos em diferentes épocas, vários deles inéditos.

Depois deste seu primeiro livro viria a publicar livros infanto-juvenis (alguns deles integrados no Plano Nacional de Leitura), colectâneas de contos e romances, mas a todos esses lá chegaremos com tempo.

20
Nov23

E as duas margens estavam tão distantes uma da outra

E as duas margens estavam tão distantes uma da outra que para mim seria uma aventura, uma grande viagem ir até Almada, conhecer aquele casario minúsculo que mal se adivinhava, tão longe que estava da janela da Calçada do Monte e que até talvez fosse outro país, outro mundo, talvez lá se falasse uma língua estranha que me fosse impossível entender, quem sabe?

Excerto do conto Até já não é adeus ou

A triste história de Luís desde que nasceu até que morreu

in Até já não é adeus (1989) de Cristina Carvalho

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