O facto de não se poder comprar livros não é um impedimento para ler
Não basta o incentivo à leitura, se não há acesso aos livros.
E quando me refiro ao acesso aos livros estou a falar de bibliotecas, de livrarias, de acesso digital, gratuito ou pago.
Claro que com o advento da tecnologia a compra de livros tornou-se muito mais fácil, mas houve tempos pré-tecnologia em que as livrarias físicas rareavam em certas áreas geográficas e, existindo, tinham uma oferta muito limitada.
A pandemia veio alterar o paradigma e as poucas livrarias que ainda não vendiam livros ‘online’ passaram a fazê-lo. Não só livrarias, mas também alfarrabistas e plataformas como o OLX e a Trade Stories.
Como leitora adoro comprar um livro e guardá-lo na estante após a leitura, especialmente se se tornou num dos meus preferidos. Não faço questão que o livro seja novo. Os livros novos custam em média entre 15 e 25 euros, tornando a leitura um hábito demasiado caro. Valha-nos as feiras do livro e as promoções, ainda assim torna-se insustentável para quem lê muito.
Sempre que possível opto pela compra de livros usados. Os preços são geralmente mais apelativos entre 5 e 15 euros em média.
Mas há um limite para a quantidade de livros que consigo guardar, por isso opto muitas vezes pela biblioteca municipal ou pelo livro digital. Claro que a biblioteca nem sempre tem os livros que quero ler. Para isso teria que frequentar várias bibliotecas, o que é humanamente impossível para mim. Ainda assim, tem sido graças à biblioteca a leitura de muitos livros a custo zero.
Livros digitais nunca comprei nenhum. Pelo mesmo preço opto sempre pelo livro em papel. Muitos deles leio-os gratuitamente ‘online’ em sites como Project Gutenberg ou na Open Library. A maioria são em inglês ou em português do Brasil.
Quem tem muita sede de leitura encontra sempre um meio de ler livros e o facto de não se poder comprar livros não é um impedimento para ler.