Natália Nunes não perdia a história pessoal de cada um
Como escrevi anteriormente, Natália Nunes não desvenda o humano numa fórmula matemática estatística, mas como uma filosofia, apresentando a natureza e a estrutura da realidade dos pacientes.
N'O Caso de Zulmira L. a autora revela que para apreender a natureza e a estrutura da realidade dos pacientes, não perdia a história pessoal de cada um:
O que me seduzia era a reconstituição, era a captação do caso único de cada um deles, o caso imediato, como vivência, precisamente para poder comunicá-lo assim a outras pessoas, na sua espontaneidade e realidade totais - até onde me fosse possível.
Depois convertia-a em pura literatura, mas a princípio, quando começou a sua nova «carreira», estava ainda muito hesitante quanto à maneira literária de comunicar aos outros os casos que conhecia e que [a] haviam impressionado.