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Livrologia

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15
Dez23

O Paradoxo do Navio de Teseu e a identidade pessoal

imageedit_2_9840378961.pngDepois da morte do Minotauro, Teseu regressa a Atenas num navio e, ao longo da viagem, vai substituindo as peças várias vezes. Removiam as partes velhas que apodreciam e colocavam partes novas. A modificação e a identidade do navio tornaram-se num tema debatido desde os antigos filósofos gregos até hoje.

Se todas as peças de um navio forem substituídas ao longo das suas viagens, podemos considerar que o navio permanece o mesmo? Da mesma forma, o ser humano permanece o mesmo depois de passar pelas suas experiências de vida? Este é o conhecido Paradoxo do Navio de Teseu.

Heráclito formulou uma das frases mais conhecidas sobre este tema: O mesmo homem não se banha no mesmo rio, pois outras são as águas, e outro é o homem.

Thomas Hobbes tornou esta questão ainda mais complexa: Se todas as partes do navio original fossem substituídas, teríamos então dois navios de Teseu?

O Paradoxo do Navio de Teseu mostra como é difícil determinar quando algo se torna diferente. É uma reflexão sobre a relação entre a identidade e a mudança. Por exemplo: seríamos ainda a mesma pessoa se mudássemos o nosso nome, a aparência ou a personalidade? 

O paradoxo do navio de Teseu é uma provocação sobre a natureza da nossa identidade. A identidade pessoal não é apenas uma realidade objectiva, mas também uma realidade subjectiva que se modifica constantemente e nos convida a pensar sobre o que nos define de facto.

15
Dez23

Essa galeota era sempre alegada com exemplo de dúvida

O navio no qual Teseu partiu e regressou era uma galeota de trinta remos, que os Atenienses guardaram até ao tempo de Demétrio de Falero, retirando sempre as velhas peças de madeira, à medida que apodreciam, e colocando outras novas em seus lugares; de maneira que depois, nas disputas dos Filósofos sobre as coisas que aumentam, a saber, se permanecem unas ou se fazem outras, essa galeota era sempre alegada com exemplo de dúvida, porque uns mantinham que era um mesmo barco, enquanto outros, ao contrário, sustentavam que não; e afirma-se que a festa dos ramos, ainda hoje celebrada em Atenas, foi primeiramente instituída por Teseu.

Excerto de Teseu e Rómulo

in Vidas Paralelas de Plutarco

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