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Livrologia

Livrologia

27
Mar25

A leitura não é natural para o ser humano

edição de imagem_28_8921396885.pngA leitura não é natural para o ser humano. 

Se aprender a andar e a falar é humanamente natural, ler não o é. Aliás, conseguir associar uns rabiscos a sons não é uma tarefa fácil.

A ideia de que a leitura é um processo de memória visual não está totalmente correcta, visto que é necessário estabelecer a relação entre sons e letras. As imagens podem ajudar uma criança a compreender o contexto de uma palavra, mas não é suficiente para aprender a ler.

Aprender a pronunciar sons e a associá-los a letras é um processo que, apesar de mais demorado, se tem revelado mais eficaz. A fonética desempenha um papel fundamental na leitura. Ler em voz alta é um processo de aprendizagem fonética essencial.

Aliás, aprender a ler é aprender a pronunciar e a identificar os sons das palavras, bem como a reconhecer o seu significado. Só depois vem o processo de memorização de palavras e a compreensão do que se está a ler.

27
Mar25

Há coisas que se esquecem, outras desaparecem, outras ainda morrem

Aos olhos dela, eu era um caso perdido. E mesmo que ainda gostasse de mim, a questão não era essa. Estávamos por de mais habituados aos nossos papéis. Eu já não tinha mais nada para lhe oferecer. Ela compreendeu isso instintivamente; e eu, por experiência própria.

Em todo o caso, não havia esperança. E foi assim que ela desapareceu para sempre, levando consigo as suas combinações. Há coisas que se esquecem, outras desaparecem, outras ainda morrem. Não é preciso fazer nenhum drama por causa disso.

in Em busca do Carneiro Selvagem (1982) de Haruki Murakami

27
Mar25

Devemos evitar o fast food literário

edição de imagem_28_8921396885.pngQuando entramos numa livraria deparamo-nos sempre com uma estante dos livros mais vendidos.

O meu conselho? Fujam!

Os livros mais vendidos raramente são os melhores. 

Se lemos o que toda a gente estiver a ler, até nos podemos sentir mais integrados na comunidade de leitura, que anda a debater o livro mais recente, mas não passa de uma falácia. Na realidade, não estaremos a crescer como leitores. 

Ler as obras essenciais, clássicas e contemporâneas, fazem toda a diferença no nosso percurso de leitura. Com isto não quero dizer que não devemos ler novos autores, devemos apenas evitar o fast food literário, ou seja, aqueles livros clichés, que são devorados num ápice e que não deixam marcas, nem saudades.

27
Mar25

Buscando aqueles cujas mentiras mais se aproximam das minhas verdades

Pobre de quem procura e não encontra. Infeliz de quem espera e não alcança.
Movem-se os olhos,
apuram-se os ouvidos,
e quando as mãos se agitam numa esperança
afundam-se nos bolsos e emudecem.

A máquina da História, que fabrica
os dias do futuro
com a sucata das horas do presente, alimenta-se de ecos, de palavras,
de vozes fátuas, de melífluos cantos,
do bafo morno das gargantas pródigas
em bordados, em rendas, em matizes.

Desço também à praça
e nela me diluo e me confundo.
E aqui estou. Por aqui deambulando,
ouvindo e observando
o próximo e o distante,
perscrutando,
tentando adivinhar o pensamento alheio,
olhos postos nos olhos,
procurando.
buscando aqueles cujas mentiras
mais se aproximam das minhas verdades.

Excerto de Poema da Praça Pública

Novos Poemas Póstumos 1990

in Obra Completa de António Gedeão

Quanto mais leio menos sei
Tudo o que escrevi para o Desafio de Escrita dos Pássaros está aqui!
Já começou a viagem pelo mundo da Gata Borralheira.
Cinema e literatura num só.
Venham também!
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Notícias literárias ou assim-assim em Operação Bookini
Espreitem as bookinices
A autora deste blog não adopta o novo Acordo Ortográfico.

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