A Feira do Livro de outros tempos ||005||
Às 14h00 do dia 29 de maio de 1931, há 85 anos, o público começou a aproximar-se das bancas de livros alinhadas à volta do lago, na zona norte do Rossio, junto ao então Teatro Amélia Rey Colaço.
O Diário de Lisboa descreveu a feira como “uma coisa simpática, limpa, discreta e convidativa” e destacou a sua modernidade, em linha com as últimas tendências internacionais: “O exemplo vem de Paris, de Berlim, de Londres, de Barcelona, de Madrid, de Roma, de Bruxelas, de Moscou, talvez de Tokio, de Pequim e não sabemos se de Nova York. (Pômos estas reservas em Nova York).”
Em Lisboa, o objetivo do certame era fazer “propaganda à instrução e da educação pelos livros”, assumia a Associação.
Havia tudo na Feira: “O livro clássico, o livro moderno, o livro estante e o livro algibeira, o livro para a gente aprender, o livro para a gente se divertir, o livro para a gente tomar contacto com a língua portuguesa pura, o livro para a gente tomar contacto com o estrangeiro mal traduzido, o livro dos mestres eternos, o livro dos plumitivos passageiros”.
Em observador.pt