A maximidade da perfeição da natureza humana
A maximidade da perfeição da natureza humana é percebida nas coisas substanciais e essenciais, como o intelecto, ao serviço do qual estão as restantes coisas corporais.
E por isso o homem perfeito ao máximo não deve ser eminente nas coisas acidentais a não ser por referência ao próprio intelecto. Não se requer, pois, que seja um gigante ou um anão, desta ou daquela grandeza, cor, figura ou com outras características acidentais.
Mas é apenas necessário que o seu corpo esteja de tal modo afastado dos extremos que seja um instrumento sumamente adaptado à natureza intelectual, à qual obedeça e se conforme sem resistência, fadiga ou murmurações.
in A Douta Ignorância de Nicolau de Cusa