A poesia de um homem que viveu muito, sofreu muito
Diz-me devagar coisa nenhuma, assim
como só a presença com que me perdoas
esta fidelidade ao meu destino.
~Jorge de Sena~
A ler Poesia II e a deleitar-me com os poemas de Fidelidade.
Aliás, título que não foi atribuído por acaso, mas como uma definição abangente do seu mundo, Sena confessou que fidelidade é “uma das palavras-chave da minha pessoa e da minha obra”.
Fidelidade é a vontade de ferro, a sua forma de resistência ao tempo, às ausências, aos obstáculos ditatoriais e mesquinhos que constantemente lhe tentaram roubar a pureza.
Sena descreve a sua criação poética como a poesia de um homem que viveu muito, sofreu muito, partilhou a vida pelo mundo adiante, sempre exilado, e sempre presente com uma vontade de ferro.