António Gedeão, o poeta do pensamento e do sentimento
Afirmar que António Gedeão nunca existiu não anda longe da verdade, porque Rómulo de Carvalho foi o homem real por detrás do pseudónimo. Levando uma existência muito privada que não aceitava que fosse perturbada, Rómulo de Carvalho tornava-se António Gedeão, o poeta do pensamento e do sentimento.
O seu primeiro livro de poesia foi publicado já aos cinquenta anos e o seu último aos oitenta, revelando ao mundo um António Gedeão tardio na sua fecunda existência como professor de química e física, investigador, historiador, escritor, fotógrafo, pintor e ilustrador.
No seu texto An Introduction to the Poetry of António Gedeão, Christopher Damien Auretta comenta que António Gedeão é:
Um mestre da auto-ilusão e das enganosas transparências de expressão.
É esse auto-distanciamento, imbuído de uma consciência altamente matizada das fontes e da evolução das crenças modernas, que dá impulso crítico e profundidade emotiva à sua poesia.