Aonde a escrita nos leva
Mário de Andrade escrevia continuamente e muitas vezes sem um objectivo definido. Escrevia sem propósito só pelo prazer da escrita. Palavras que eram guardadas num diário, onde podíamos encontrar a cada página sensações, ideias, alucinações e brincadeiras, escritas de forma lírica, mas sem qualquer intenção de as transformar em poemas.
E foi assim que nasceu Losango Cáqui, de um diário que nunca quis ser um livro, mas que o foi, de anotações que nunca foram poemas, mas que o são:
Vivo parafusando, repensando e hesito em chamar estas poesias de poesias. Prefiro antes apresentá-las como anotações líricas de momentos de vida e movimentos subconscientes aonde vai com gosto o meu sentimento possivelmente pau-brasil e romântico.
Hoje estou convencido que a Poesia não pode ficar nisso. Tem de ir além. Pra que aléns não sei não e a gente nunca deve querer passar adiante de si mesmo.