Apesar de toda a sua estranheza quixotesca era uma pessoa inesquecível
Debaixo da aparência um pouco estranha de Küchelbecker havia um verdadeiro entusiasta, um sonhador cheio de generosidade, um amante da poesia, a gentileza em pessoa. Apesar de toda a sua estranheza quixotesca era uma pessoa inesquecível.
Estudava bastante e era um dos leitores mais inveterados da escola, tanto que foi ele que apresentou a literatura alemã aos seus colegas.
O professor Pileckigave esceveu sobre ele, à guisa de avaliação:
Kühelbekker Wilhelm, religião luterana, 15 anos.
Capaz e muito diligente; constantemente embrenhado na leitura e na escrita, não se importa com mais nada, e por isso as suas coisas têm pouca ordem e limpeza. No entanto, ele é bem-humorado, sincero, cauteloso, zeloso, com tendência à prática de exercício constante, selecciona objectos importantes para si próprio, expressa -se suavemente e é estranho lidar com ele. Em todas as suas palavras e acções, especialmente nas composições, nota-se alguma tensão e pompa, muitas vezes sem decência...
Küchelbecker teve a sorte de conhecer os maiores génios do seu tempo, como Pushkin, mas o seu temperamento intempestivo e instável não lhe permitiram atingir o sucesso que merecia.
As tradições do classicismo russo entrelaçavam-se com o espírito do romantismo na sua escrita. Os heróis de Küchelbecker eram impetuosos, livres pensadores, lutadores pela liberdade e inimigos da tirania, sempre abraçados a uma causa que trouxesse um pouco mais de justiça ao mundo.
Infelizmente, apenas uma pequena parte do que Küchelbecker escreveu foi publicado em vida. A maioria apenas viu a luz no século XX.