09
Out21
As ironias deliciosas de Tolstoi já se fizeram sentir
Estou neste momento na página 97 de Anna Karénina e as ironias deliciosas de Tolstoi já se fizeram sentir.
Anna chegou e está na casa dos Oblônski com uma missão: tentar convencer Dolly, sua cunhada, a perdoar as indiscrições do marido.
Até que ponto este conselho é genuíno sem estar contaminado pelas convenções sociais? E o que seria de Dolly, uma mulher a sós com os filhos em pleno século XIX? E até que ponto o dito perdão não será apenas uma mera aceitação do ciclo repetitivo a que o marido irá expô-la no futuro?
Mas Anna é uma mulher cheia de contradições e o conselho que dá talvez não o seguisse ela própria.