06
Jan21
Elegia
Estreito Nome e curto,
solitário e brando,
na ribeira surto,
no estuário amando.
Velas submersas
por temor do linho,
como vão dispersas
rindo o Seu caminho!
Julguem-nas de noite,
balouçando até;
vento que as açoite
não lhes passa ao pé.
Julguem-nas de dia;
quantas faltarão?
Quantas faltarão?
Quantas perderia,
se as contasse ou não?
Poema Elegia
Perseguição (1942)
in Poesia I de Jorge de Sena