Ernest Poole | His Family
Publicado em 1917 e vencedor do Pulitzer em 1918, His Family de Ernest Poole foca-se nas mudanças que ocorrem numa família americana entre 1880 e 1910, à medida que enfrentam os novos desafios da modernidade e as radicais mudanças sociais.
Foi considerado um dos primeiros romances realistas americanos a retratar a vida da classe média alta em Nova York, e foi elogiado pela crítica pela sua capacidade de mostrar o impacto da industrialização e da urbanização no dia-a-dia das pessoas.
Se é uma obra extraordinária? Não.
Considerando o contexto histórico em que foi publicado e apesar de ter sido inovador ao explorar as tensões entre a tradição e a modernidade através do olhar das suas personagens, não me convenceu.
Umas das particularidades que mais me irritou neste livro é que tudo tem de ter um significado, tudo está fortemente focado nas ideias que o autor quer transmitir, tudo tem de ser repetido uma e outra vez até à exaustão. Muitas vezes fechei o livro, porque já não conseguia ler mais sobre esta imposição ideológica da vida, do progresso ou da família.
Chegou a ser bizarro estar a ler um livro aclamado por reflectir sobre as tensões sociais e culturais da época, quando na realidade senti que esta reflexão era mais um meio de instruir o leitor a seguir uma determinada ideologia.