Gostam de ler sobre dragões, magia, monstros, feitiços?
Já ouviram falar de ficção escapista?
Se gostam de ler sobre dragões, magia, monstros, feitiços, e sentem que é muito mais agadável viver algumas horas nesses mundos imaginários do que na cinzenta realidade, então saberão do que estou a falar.
Aliás, um leitor curioso gosta de ler todo o tipo de livros, desde livros nus e crus sobre a realidade, livros históricos sobre o passado da humanidade, livros distópicos, livros de poesia e também livros de ficção escapista para uma pausa bem merecida.
A expressão ficção escapista geralmente define a escrita que permite ao leitor escapar do tédio do mundo real para uma realidade alternativa, uma realidade imaginada e arquitectada pelo autor que compensa a imprevisibilidade do mundo real, oferecendo ao leitor uma certa estrutura, racionalidade e resolução.
É um termo que nas hostes literárias é sussurrado com um trejeito de condescendência como se não fosse literatura "séria", por servirem o único propósito de escapar, de fugir da realidade da vida quotidiana.
A ficção escapista não é apenas um vício mau e barato dos desiludidos e entediados pela vida, que buscam refúgio numa literatura menor para esquecer os problemas do dia-a-dia. É uma ficção que abre um porta, que mostra a luz do sol lá fora, que nos dá um lugar para onde ir, um lugar onde queremos estar, naquele exacto momento em que mergulhamos nas suas páginas.
Ler um J.R.R. Tolkien, um C.S. Lewis, uma J. K. Rowling pode não substituir a nossa realidade, mas faz-nos muito felizes quando deambulamos pelo seu imaginário.