Marginália, quando um leitor conversa com um livro
Sublinhar e tomar notas nos livros é uma prática antiga e agora há leitores anónimos a oferecer, a trocar e até a vender os seus próprios exemplares anotados.
Escrever nas margens de um livro tem um nome, chama-se marginália.
O termo surgiu com o poeta inglês Samuel Taylor Coleridge que praticou a marginália em mais de 450 livros ao longo da sua vida. Outros lhe seguiram os passos como Jean-Paul Sartre, Jack Kerouac, Vladimir Nabokov, William Blake, Edgar Allan Poe e Mark Twain que foram ávidos anotadores.
Desde rabiscos, reacções a acontecimentos do livro, notas sobre as personagens, comentários analíticos ou críticos, esta é a forma de um leitor conversar com um livro.
Apesar de muitos considerarem um sacrilégio escrever nas páginas de um livro, como eu, podemos escrever em post-its ou em notas de papel que deixamos ficar por entre as páginas. Muitas das minhas notas são partilhadas aqui no blog, outras mantém-se privadas.