O desafio de escrita dos pássaros #2.ª edição comentada
A 2.ª edição do Desafio dos Pássaros foi atípica, mas nada que fizesse parar a pena de quem sente o ímpeto de escrever, apesar das adversidades pandémicas.
Foi com tristeza que escrevi o último texto desta edição, mas espero que os @Pássaros não desistam destes desafios, porque eu e tantos outros cá estaremos para os acompanhar nos seus voos futuros.
A todos os que participaram, adorei ler-vos e ainda bem que continuaram a escrever, apesar de tudo.
E à guisa de despedida desde desafio, aqui ficam todos os desafios a que compareci nesta 2.ª edição, quase todos escritos de véspera, pela inclemência do tempo que foi sempre pouco.
#1 Acho que a coisa não vai correr bem
Tudo corre bem, desde que ninguém se meta com Deus e se ache mais esperto.
#2 É que isso de médicos, nunca fiando
Quem me lê sabe que adoro criar estas pequenas bandas desenhadas, para que a escrita não seja sempre tão séria, especialmente quando vamos ao médico.
#3 Manual para iniciar relacionamentos
Fico logo enjoada quando me pedem para escrever temas românticos e ai de mim se deste tema saísse uma telenovela a escorrer dramas amorosos com finais felizes de pastilha elástica. Bem, se insistissem muito num tema romântico eu escrevia, claro que sim, mas seria uma história à George R. R. Martin e ficava tudo resolvido no final com cabeças cortadas.
Para não ferir susceptibilidades - que ainda há pessoas sensíveis neste mundo - escrevi literalmente um manual de intruções inspirado na grande obra literária que é o manual da minha máquina de lavar roupa.
Ai, pois está e apresentei provas.
#5 Acordas e tudo o que mais desejavas realizou-se: conta-nos o teu dia
Escrevi sobre o paradoxo do dia mais utópico da minha vida.
#6 Oh não, um vírus outra vez!
Com que então pensavam que eu não iria adulterar a letra de mais uma canção?!
#7 Escreve o teu elogio fúnebre
Não gosto de escrever sobre a morte, mas desafio é desafio.
Um poema onde decidi brincar com os tempos do verbo ser.
Foi um dos que mais prazer me deu escrever, porque desde a infância que associei a palavra "ideia" à ciência.
#10 Não tenho tempo para te aturar
Quis dedicar um poema ao meu filho, que me ajudou sempre com as ideias mais estapafúrdias e geniais para escrever os textos deste desafio.
Numa operação stop onde estive parada duas horas simplesmente porque queria regressar a casa. Essa espera foi a base de inspiração para este desafio.
#12 Cada um come o que quer e repete se quiser
Uma homenagem a este grande marco histórico que foi esta quarentena, que jamais será esquecida.
#13 E elas saltaram, saltaram, sem nunca mais parar
Escrevi de véspera e escrevi um poema com tudo o que a inspiração me trouxe nesse momento.
#14 Cantas bem, mas não m' encantas
Um aviso a todos os que praticam esta nobre arte do engano, pois desenganem-se que a vossa cantiga entra no ouvido, mas jamais ficará no coração.
Inspirei-me no tempo que passa e que agora tento não desperdiçar inutilmente.
A minha despedida do desafio de escrita dos pássaros.
E vocês? Qual foi o texto de que mais gostaram?