O que mais gostei de ler em 2019?
Tudo - seria a resposta mais imediata.
Li autores, na sua maioria, em língua portuguesa este ano, compensando os anos anteriores em que se empoeiraram de esquecimento na minha estante.
#Sophia
2019 marcou a inauguração dos ciclos de leitura no Livrologia de um autor português por ano. E nada melhor do que começar o primeiro de muitos com uma das minhas autoras do coração. À guisa de homenagem pelo seu centenário escolhi Sophia. Já tinha lido alguns livros dela ao longo da minha infância e juventude, mas não desta forma planeada. A sua poesia, que tinha lido de forma muito dispersa, foi a que mais me conquistou e nunca como agora conheço tão profundamente Sophia. A destacar Coral e Dual os livros de poesia que mais me conquistaram.
Ainda não acabei de ler Sophia. Muito do que me falta ler transitará para 2020 e ainda tenho muito a dizer sobre ela.
#Clarice Lispector
Há anos que tinha o desejo de ler Lispector. Sempre me fascinou o modo como falavam sobre os seus livros e a aura misteriosa que a envolvia. Estou muito longe de ter lido toda a sua obra. Lispector tem de ser lida aos poucos. Por ser tão abismal a sua escrita, necessito de fazer pausas intermitentes para voltar das suas profundezas.
Mas do que li destaco A Descoberta do Mundo (Crónicas). As suas crónicas são um excelente meio de a conhecermos melhor como pessoa e como escritora.
#Cecília Meireles
Adorei conhecer Cecília Meireles, a pastora de nuvens, leitura há tanto adiada e finalmente concretizada em 2019. Aliás, estava em falta para com a literatura brasileira e em 2019 tentei redimir-me deste grande pecado cometido, de não a conhecer mais profundamente.
Tal como Sophia, Cecília é a escrita que almejo escrever, mas apenas nos meus sonhos. Fiquei absolutamente deslumbrada com a delicadeza das suas palavras, com a leveza da sua profundidade. Por isso, mais do que sugerir, é obrigatória a leitura da sua Antologia Poética.
#Manuel Bandeira
Manuel Bandeira foi-me dado a conhecer por estas três mulheres e, se não fossem elas, nunca teria lido a sua poesia. Foi engraçado constatar que ao saltitar de uma escritora para a outra, todas enalteciam o poeta e contavam como fora importante a sua poesia e até mesmo a sua presença para a sua própria evolução como escritoras e/ou poetisas. Descobri muito sobre a literatura brasileira com Manuel Bandeira e espero descobrir muito mais este ano.