Os velhotes não são tão fofinhos e não ficam bem nas selfies
António Costa é a minha pessoa favorita do mês.
Para além de ser uma galinha, que grão a grão vai enchendo o papo de arrogância incontestável, é também burro velho que nenhuma albarda nova disfarça e que de tanto assobiar deixa fugir as cabras pela boca fora.
Bastassem os provérbios para transmitir sabedoria a S. Bento e bom senso, só que vozes de sábio não chegam ao céu de quem não quer saber.
E perante uma catástrofe humanitária a Ordem dos Médicos agiu depressa, tão depressa que ninguém percebeu bem de onde veio tamanha competência: faz uma inspecção urgente ao Lar de Reguengos, descreve num relatório a situação dramática e faz chegar o caso às autoridades.
A Ordem dos Médicos quis ser mais costista que Costa e arrasou com um excelente marketing humanitário. Só assim se percebe ter agido assim no Lar de Reguengos e não ter mexido um dedo sequer - nem o dedo mindinho - para inspeccionar outros lares em situação calamitosa semelhante.
António Costa ficou chateado, claro que ficou chateado. Até se sentiu insultado pela ousadia da Ordem dos Médicos em mostrar a realidade que ele tanto gosta de embelezar com jogos de palavras e desculpas para justificar a não responsabilização do Estado em coisa nenhuma.
Uma coisa sabemos: a culpa nunca é de António Costa. De quem é já nem importa.
Quem se lixa são os velhotes por esse país fora, porque quem merece a nossa atenção é o cão e o gato abandonados, que os velhotes não são tão fofinhos e não ficam bem nas selfies.